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Campo Grande terá primeiro hospital exclusivo para animais silvestres da América Latina

Hospital Veterinário de Animais Silvestres vai muda realidade do atendimento de cerca de 2,5 mil animais que passam todos os anos pelo CRAS

Por João Paulo Ferreira | 27 agosto, 2021 - 8:56

O primeiro hospital 100% especializado na fauna silvestre da América Latina está sendo construído em Campo Grande – Mato Grosso do Sul. Com a construção a todo o vapor no Centro de Reabilitação de Animais Silvestres – CRAS, o Hospital Veterinário de Animais Silvestres vai mudar a realidade do atendimento dos cerca de 2,5 mil animais que passam todos os anos por lá.

A coordenadora do CRAS, Aline Duarte

Com 34 anos de atividade, o local foi um dos primeiros Centros de Reabilitação de Animais Silvestres do Brasil, conforme explica a médica veterinária, Aline Duarte, coordenadora do CRAS. “O nosso objetivo é a reabilitação do animal vítima de atropelamento, tráfico e apreensão e também de entrega voluntária. O CRAS recepciona os animais de todo o Estado e, uma vez que o animal chega, recebe o atendimento veterinário, passa por uma quarentena, para depois começar o trabalho de reabilitação”, disse.

 

Responsável por encaminhar os animais de diversas regiões do Estado para o CRAS na capital, a Polícia Militar Ambiental (PMA) recebe apoio de voluntários no atendimento primário. “Temos um atendimento primário e temos diversos veterinários do Estado que fazem voluntariamente para a gente, como Nova Andradina, que o pessoal fez até cirurgia em uma anta para estabilizar e depois a gente trazer”, disse o tenente-coronel da Polícia Militar Ambiental (PMA), Ednilson Paulino Queiroz.

A espécie que mais chega ao CRAS para reabilitação são as aves. Segundo a PMA, a maioria são papagaios e, em agosto, o número de animais oriundos do trafico aumenta já que inicia o período reprodutivo. “Normalmente nosso problema é com o papagaio num período de retirada que começa a partir de agosto que é o período reprodutivo, até o mês de dezembro também são encaminhados para o centro de reabilitação pois os papagaios são todos filhotes’, acrescentou.

O médico veterinário e responsável técnico do CRAS, Lucas Cazati, conta que o centro recebe apoio de diversas instituições através de cooperações técnicas. Um exemplo é a parceria com a Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS). “Além da troca incessante de conhecimento entre as instituições, contamos com o apoio técnico da universidade com o centro de radiologia e imagenologia, dando todo suporte aos animais vítimas de traumas automobilísticos e outros fatores. Além disso, a universidade colabora com o apoio laboratorial com realização de exames pré-cirúrgicos e de rotina. Hoje, a instituição nos auxilia com exames de alto grau de complexidade como o de microbiologia e DNA”, disse.

O hospital – Aproximadamente dez profissionais trabalham atualmente no CRAS, entre médicos, biólogos, técnicos e tratadores, número que deve aumentar quando o Hospital Veterinário de Animais Silvestres estiver pronto. Em obras, o complexo terá 1.153,33 m² de área construída e concentrará todos os atendimentos, como triagem, exames, atendimento clínico, cirurgias e reabilitação. Orçado em R$ 3,8 milhões, o hospital ainda terá espaços administrativos, salas de cirurgia, ambientes para quarentena e laboratórios para exames.

O presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária, Rodrigo Bordin Piva, destaca a importância da unidade hospitalar. “A construção da Clinica do CRAS vem de encontro às necessidades da fauna sul-mato-grossense. Vimos nas queimadas de 2020 a importância do atendimento médico-veterinário aos animais que sofreram com a ação do fogo no Pantanal e no Cerrado em MS. Depois do resgate das onças na Serra do Amolar, os animais receberam atendimento no CRAS. Portanto, com o hospital mais animais poderão ser reabilitados para retornarem ao seu habitat natural ou ainda terão chances de sobreviver aos desatares ou aos maus-tratos do homem”, afirmou.

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