Por João Paulo Ferreira | 14 agosto, 2024 - 18:00
O Pantanal de Mato Grosso do Sul enfrenta uma situação crítica com a umidade relativa do ar variando entre 10% e 20%, favorecendo a propagação dos incêndios florestais na região. Após uma breve pausa devido a dois dias de chuva na semana passada, a situação voltou a se agravar, com nove focos de incêndios ativos, sendo oito deles no bioma Pantanal. O Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul (CBMMS) está mobilizado em diversas frentes de combate ao fogo, com operações concentradas nas regiões de Miranda, Serra do Amolar, Paiaguás, Passo do Lontra, Forte Coimbra e Porto da Manga, além de dois focos localizados na divisa com o Mato Grosso.
Um foco de incêndio também está ativo em Naviraí, próximo à divisa com o Paraná, ampliando a área de atuação das equipes de combate. As equipes do CBMMS, juntamente com militares da Força Nacional, realizaram sobrevoos de helicóptero sobre toda a área afetada, desde a região da Nhecolândia até as proximidades da fazenda Novo Horizonte, onde, apesar do difícil acesso, conseguiram confinar as chamas em uma área de baía seca, controlando o avanço do fogo. Em Miranda, nas proximidades da região do Salobra e da BR-262, os bombeiros continuam a realizar vistorias minuciosas em pesqueiros, pousadas e fazendas, com o objetivo de extinguir possíveis fontes de reignição, como troncos incandescentes e brasas subterrâneas.
A situação mais preocupante é na região da Serra do Amolar, onde os focos de incêndio, que tiveram início na divisa entre a Bolívia e Mato Grosso do Sul, continuam a se expandir em direção ao Paiaguás. Esse avanço exige vigilância constante das equipes, que trabalham para impedir que o fogo se alastre ainda mais, agravando a devastação ambiental. A dificuldade de acesso em algumas áreas do Pantanal representa um desafio adicional para as operações de combate, exigindo o uso de aceiros e outras técnicas para controlar as chamas.
Além das operações nas microrregiões do Pantanal, outras unidades de combate foram mobilizadas para enfrentar o aumento significativo dos incêndios em vegetação em Corumbá, Aquidauana e Campo Grande. O reforço nas equipes é necessário diante da escalada dos focos de incêndio nos últimos dias, o que coloca em risco não apenas a fauna e flora locais, mas também propriedades rurais e estruturas turísticas da região.
A crise no Pantanal é agravada pelas condições climáticas adversas, com ventos fortes e chuvas insuficientes para mitigar a seca severa que atinge a região. A baixa umidade do ar e a vegetação ressecada criam um ambiente altamente favorável para a rápida propagação das chamas, tornando o trabalho das equipes de combate ainda mais desafiador e imprescindível para a preservação do bioma.
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