Por João Paulo Ferreira | 12 março, 2024 - 12:12
No estado de Mato Grosso do Sul, um ambicioso projeto de restauração ambiental promete mudar a paisagem do Parque Estadual das Nascentes do Rio Taquari. O governo estadual, por meio do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), lançou o “Sementes do Taquari”, que tem como objetivo revitalizar cerca de 6 mil hectares de área degradada, inseridos no parque, localizado entre Alcinópolis e Costa Rica. A iniciativa, que envolve o plantio de mais de 270 mil mudas de vegetação típica do Cerrado, é considerada o maior projeto de restauração de unidade de conservação do país.
O projeto foi dividido em várias etapas, começando com ações de conservação do solo para combater a erosão e a formação de voçorocas, processo este apoiado por empresas como a Ômega Energia e a Restaura Spaço Engenharia. O plantio das mudas, realizado pela ONG Oreades com apoio financeiro de empresas como Cargil, ATVOS e Adecoagro, seguirá com a introdução de espécies nativas e frutíferas, visando a alimentação da fauna silvestre.
Ao longo da implementação, o “Sementes do Taquari” buscará restaurar 6 mil hectares anteriormente ocupados por pastagens, através do plantio de 2 milhões de árvores. Este esforço não só aumentará a biodiversidade local, mas também contribuirá para a melhoria da saúde do solo, a recarga dos aquíferos e o fortalecimento das relações entre o setor público, a iniciativa privada e a sociedade civil.
Os primeiros sinais positivos do projeto já foram registrados por armadilhas fotográficas, que capturaram imagens de várias espécies de animais, como antas, catetos, lobinhos, mão-peladas, tamanduás e até onças pardas, habitando a área em restauração. Além da fauna, a diversidade de peixes nos cursos d’água da região e a qualidade da água estão sendo monitoradas, servindo como indicadores da melhoria ambiental promovida pelo projeto.
Uma técnica inovadora de monitoramento da paisagem acústica também será empregada para comparar a biodiversidade sonora entre áreas nativas, degradadas e em processo de restauração. Esta abordagem permitirá uma avaliação indireta da presença de aves e outros animais, otimizando o uso dos recursos para a conservação.
Este projeto não apenas marca um passo significativo para a recuperação ambiental em Mato Grosso do Sul, mas também estabelece um modelo para futuras iniciativas de restauração em todo o Brasil, demonstrando o potencial de parcerias entre o governo, a iniciativa privada e ONGs na solução de problemas ambientais.
13 maio, 2024
13 maio, 2024
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