Por João Paulo Ferreira | 8 agosto, 2024 - 17:07
A cidade de Miranda, situada a cerca de 208 quilômetros de Campo Grande, está enfrentando uma crise ambiental severa devido aos incêndios florestais que devastaram aproximadamente 465 mil hectares de território. Diante dessa situação, o prefeito Fábio Florença (PSDB) declarou situação de emergência na última segunda-feira (5), com o objetivo de mobilizar recursos e coordenar ações para mitigar os efeitos do desastre e proteger a população.
O decreto, publicado em edição extra do Diário Oficial, autoriza a mobilização de órgãos municipais, sob a coordenação da Defesa Civil e da Secretaria Municipal de Assistência Social, para ações de resposta e recuperação. Além disso, permite a convocação de voluntários para auxiliar nas operações e campanhas de arrecadação de recursos para os afetados.
Os incêndios atingiram propriedades rurais e suas reservas florestais, incluindo as fazendas Caiman, Baía Bonita e Carrapatinho, assim como os assentamentos Tupambaê e Bandeirantes, e matas ciliares do Rio Miranda. A devastação também alcançou a rodovia MS-339 e áreas rurais na margem da rodovia BR-262, afetando diversas aldeias indígenas.
Com a propagação do fogo às margens da BR-262, especialmente entre os km 580 e 587, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) implementou o sistema pare e siga para controlar o tráfego, devido à baixa visibilidade causada pela fumaça intensa. Uma equipe do Corpo de Bombeiros está no local para orientar o fluxo de veículos e garantir a segurança dos motoristas.
Na terça-feira (6), o prefeito Fábio Florença encaminhou um ofício ao Comando Militar do Oeste (CMO) solicitando ajuda do Exército para conter os focos de incêndio que ameaçam o povoado de Salobra. “Venho respeitosamente pedir ajuda em nome de toda a comunidade de Salobra, pois o fogo está avançando de forma rápida e devastadora. Estamos precisando de todo apoio e suporte, neste momento”, destacou no documento.
O decreto de situação de emergência permite que a aquisição de bens e serviços necessários para a resposta ao desastre seja realizada sem licitação, desde que os contratos sejam concluídos em até um ano. Além disso, em situações de risco iminente, autoridades podem entrar em propriedades privadas para prestar socorro ou ordenar evacuações, garantindo a indenização dos proprietários caso suas propriedades sejam usadas para medidas de emergência.
Essa situação crítica tem afetado não apenas o meio ambiente, mas também a saúde da população local, especialmente crianças e idosos, devido à poluição atmosférica provocada pelas queimadas. As autoridades continuam a trabalhar intensamente para controlar os incêndios e minimizar os danos causados pelo fogo.
25 novembro, 2024
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