Por João Paulo Ferreira | 13 setembro, 2024 - 15:43
A onça-pintada Antã, um macho de 8 anos, morreu na última quarta-feira (11), em Campo Grande, após não resistir aos danos provocados pelas queimadas no Pantanal sul-mato-grossense. O animal foi resgatado no dia 17 de agosto, na região de Passo do Lontra, em Miranda (MS), apresentando queimaduras de terceiro grau nas patas e comprometimento pulmonar causado pela fumaça.
Quando encontrado, Antã estava extremamente debilitado, desidratado e sem forças, possivelmente devido à falta de alimentos na área devastada pelo fogo. Além das queimaduras nas patas, ele também apresentava lesões nos membros torácicos e problemas internos agravados pela desnutrição.
De acordo com o Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS), a onça ainda sofria de inflamação na bexiga, alterações no fígado e anemia, o que dificultou sua recuperação completa. As condições internas e sua idade avançada impediram que o tratamento tivesse sucesso.
No momento em que seria submetido a mais um procedimento de ozonioterapia e laser para tratar as patas, Antã sofreu uma parada cardíaca. Ele foi imediatamente levado ao centro cirúrgico, onde os veterinários tentaram manobras de reanimação, sem sucesso. Após três tentativas de reanimação, a morte foi confirmada.
O corpo do animal foi encaminhado para necropsia, e o laudo definitivo ainda depende de análises complementares.
Antã foi a segunda onça-pintada resgatada com queimaduras graves e complicações respiratórias decorrentes dos incêndios no Pantanal. Segundo o Grupo de Resgate Técnico Animal Cerrado Pantanal (Gretap), seu nome em tupi-guarani, que significa “forte”, foi dado após o resgate, que envolveu a Polícia Militar Ambiental e apoio logístico.
A coordenadora do projeto Ayty, Aline Duarte, já havia alertado sobre a gravidade do estado do felino. “Ele tinha crepitações no pulmão, provavelmente por inalação de fumaça”, explicou a veterinária na ocasião.
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