Por João Paulo Ferreira | 20 junho, 2024 - 15:20
Representantes do Governo de Mato Grosso do Sul e do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) reuniram-se na última terça-feira (18), em Campo Grande, para alinhar ações de prevenção e combate aos incêndios no Pantanal. Este foi o terceiro encontro do grupo, realizado no Centro Integrado de Prevenção e Combate, do Governo do Estado.
Desde o início das ações, Mato Grosso do Sul já investiu R$ 50 milhões em equipamentos e iniciativas de combate aos incêndios florestais. Entre os recursos empregados estão duas aeronaves Air Tractor para lançamento de água e 13 bases avançadas em pontos remotos da região pantaneira, que agilizam a resposta às chamas.
“Discutimos intensamente desde fevereiro sobre esta situação no Governo do Estado. O decreto de emergência foi emitido no início de abril devido às condições climáticas semelhantes às de 2020. Alocamos recursos adicionais para o combate,” afirmou o secretário-executivo de Meio Ambiente da Semadesc, Artur Falcette.
Falcette destacou o esforço do Corpo de Bombeiros, que antecipou o planejamento de combate em dois meses, uma vez que a temporada de incêndios florestais no Pantanal geralmente começa em agosto, e não em junho, como neste ano.
Na reunião, foi reforçada a necessidade de estreitar o diálogo com o MMA para otimizar as estruturas de combate. “Apresentamos demandas, especialmente para apoio de aeronaves que facilitem o acesso às áreas de incêndio. Temos disponibilidade de homens, mas o acesso depende das aeronaves,” explicou Falcette.
O secretário-executivo também alertou para a importância de incorporar eventos climáticos frequentes no planejamento do governo. “Toda ação de prevenção será mais efetiva do que tratar como um evento extraordinário. Nosso trabalho é pautado nisso.”
André Lima, secretário extraordinário do MMA, comentou sobre a importância das articulações entre as esferas federal e estadual para melhorar as ações de combate ao fogo no Pantanal. “Alinhamos como funcionará a articulação de decisões políticas e operacionais. É essencial para trabalharmos mais e melhor,” afirmou Lima, destacando a antecipação do período de incêndios e a necessidade de adaptação das equipes.
Lima também mencionou o pedido de apoio ao Ministério da Defesa, que já atua em outras frentes no país, como no Rio Grande do Sul e nos garimpos das terras yanomamis. “Agora, o Pantanal é uma terceira frente. Teremos que trabalhar isso,” concluiu.
Além de Artur Falcette e André Lima, participaram do encontro Jaime Verruck, titular da Semadesc, André Borges, diretor-presidente do Imasul, representantes do Corpo de Bombeiros e do PrevFogo do Ibama.
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