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Poluição urbana ameaça reprodução das araras-canindé em Campo Grande

Estudo aponta que alterações genéticas nas aves podem comprometer saúde e sobrevivência a longo prazo

Por João Paulo Ferreira | 3 janeiro, 2025 - 15:16

Uma pesquisa desenvolvida por estudantes de pós-graduação da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e do Instituto Federal Farroupilha do Rio Grande do Sul revelou que a poluição urbana em Campo Grande (MS) pode causar mutações genéticas em filhotes de araras-canindé (Ara ararauna). Publicado na revista científica internacional Urban Ecosystems, o estudo sugere que o impacto ambiental prejudica a saúde e a reprodução dessas aves.

Os pesquisadores analisaram o impacto de agentes tóxicos e poluição sonora nos ninhos das araras durante a estação reprodutiva de 2022, monitorando 180 ninhos e colhendo amostras de DNA de 48 filhotes. As análises identificaram anormalidades nucleares nas células, indicando danos ao DNA. Esses danos podem comprometer funções essenciais como a divisão celular e a reparação genética, tornando as aves mais vulneráveis a doenças e afetando sua longevidade.

De acordo com o estudo, a degradação ambiental, impulsionada pela falta de planejamento urbano, reduz a disponibilidade de espaços verdes e a diversidade ecológica nas cidades. O artigo ressalta que, apesar das anormalidades identificadas, ainda são necessários mais estudos para compreender os impactos exatos sobre as araras-canindé em Campo Grande.

A pesquisa, realizada em parceria com o Instituto Arara Azul, destacou que as alterações genéticas podem afetar negativamente a reprodução das aves e a sobrevivência da espécie a longo prazo. Os resultados reforçam a importância de políticas de conservação e planejamento ambiental para preservar os ecossistemas urbanos.

O artigo foi produzido por Maria Eduarda M. Nascimento e Alda I. Souza, do programa de Ciências Veterinárias da UFMS; Larissa Tinoco e Neiva M. R. Guedes, do programa de Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional da UFMS; Luiz U. Hepp, do programa de Biologia Animal da UFMS; e Larissa Grunitzky, do Instituto Federal Farroupilha, no Rio Grande do Sul.

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