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Economia

Alta de 22% no preço da arroba acelera mercado do boi gordo em MS

Demanda interna e exportações impulsionam valorização antecipada no estado

Por João Paulo Ferreira | 30 outubro, 2024 - 14:29

O mercado do boi gordo vive um ciclo de alta antecipada, com um aumento de 22,2% no preço da arroba registrado entre janeiro e outubro de 2024, surpreendendo pecuaristas e especialistas. Segundo o analista Rodrigo de Mundo, da Scot Consultoria, o setor esperava a consolidação da alta apenas em 2025. “Nem mesmo o pecuarista mais otimista esperava um aumento tão expressivo em tão pouco tempo”, destaca ele.

No Mato Grosso do Sul, a média da arroba do boi destinado ao mercado interno e exportação alcança R$312,50, com o “boi China” cotado a R$315,00/@ e o boi comum a R$310,00/@. Para as fêmeas, a vaca gorda e a novilha foram negociadas a R$285,00/@ e R$300,00/@, respectivamente, segundo a Scot Consultoria. De Mundo destaca que a disponibilidade de boiadas para abate tem caído devido à escassez de fêmeas e às condições de pastagem ainda longe do ideal, apesar das chuvas recentes.

Além disso, a segunda rodada de confinamento, que poderia ampliar a oferta, tem sido absorvida rapidamente pelos frigoríficos, prolongando a atual restrição no mercado. “Isso demonstra que o aumento nos preços nos últimos dois meses foi mais intenso do que o restante do ano”, observa o analista. Somado a isso, a demanda permanece aquecida tanto no mercado interno quanto externo, com o volume de carne bovina in natura exportado até outubro de 2024 superando em 42,1% o desempenho do mesmo período de 2023, conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

As escalas de abate em Mato Grosso do Sul se mantêm em cinco dias úteis, enquanto em estados como São Paulo essa média é de sete dias. Segundo a consultoria Agrifatto, a dificuldade de abastecimento tem levado algumas plantas frigoríficas a considerar férias coletivas. “Nota-se que férias coletivas já começaram a ser realizadas em algumas plantas frigoríficas do País, refletindo a dificuldade em comprar bovinos”, informou a consultoria, ressaltando que frigoríficos em estados do Centro-Norte, como Pará e Tocantins, estão operando com 30% de ociosidade devido às escalas de abate reduzidas.

Apesar dos desafios para o escoamento no mercado doméstico no fim do mês, a demanda internacional segue em alta. O analista Rodrigo de Mundo resume a situação: “O mercado interno está firme, e as exportações seguem em ritmo acelerado, como observado nos últimos meses”. Frente a esses fatores, o setor em Mato Grosso do Sul monitora de perto a movimentação dos preços e o abastecimento, especialmente com o prolongamento do cenário de escassez.

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