Fale Conosco Entre em Nosso Grupo Fale com a Redação Seca impacta mais de 90% dos municípios de MS e reduz produção de milho - Jornal OSM - O sul-mato-grossense
Destaques
Clima

Seca impacta mais de 90% dos municípios de MS e reduz produção de milho

Produtividade média do estado ficou em 67,05 sacas por hectare, aponta SIGA-MS

Por João Paulo Ferreira | 26 setembro, 2024 - 15:09

A seca prolongada e a baixa pluviometria entre janeiro e julho de 2024 comprometeram significativamente a produção da segunda safra de milho em Mato Grosso do Sul. De acordo com dados do projeto SIGA-MS, o estado destinou mais de 2 milhões de hectares para o cultivo, resultando em uma produção de pouco mais de 8 milhões de toneladas de milho, com uma produtividade média ponderada de 67,05 sacas por hectare. Este é o terceiro pior desempenho da última década no estado.

O boletim divulgado na última terça-feira (data não especificada) aponta que mais de 50 cidades sul-mato-grossenses produziram abaixo da média esperada. O presidente da Aprosoja/MS, Jorge Michelc, destacou que a situação dos produtores rurais, já fragilizada pela primeira safra 2023/2024, foi agravada. “Muitos agricultores solicitaram renegociação das dívidas com os bancos para que pudessem ter fôlego para a primeira safra 2024/2025”, afirmou Michelc.

Impactos regionais

Entre as regiões do estado, a que mais se destacou em produtividade foi a norte, que abrange cidades como Alcinópolis, Aparecida do Taboado, Costa Rica e Chapadão do Sul. A média ponderada nessa área foi de 110,64 sc/ha, representando 10,6% da área monitorada pelo projeto SIGA-MS. Em contraste, a região sul, que compreende cerca de 68,5% das áreas de cultivo, apresentou a menor produtividade, com média de 60,22 sc/ha.

“O estresse hídrico afetou mais de 800 mil hectares no estado, com municípios do centro e do sul apresentando variações de 0 a 86,9 sacas por hectare”, explicou o coordenador técnico da Aprosoja/MS, Gabriel Balta. Municípios como Dourados e Ponta Porã, que juntos somam 16% da área cultivada, tiveram médias entre 57 e 62,1 sc/ha. Já em Rio Brilhante, Sidrolândia e Maracaju, que representam 26% da área, a produtividade foi superior, variando entre 71 e 86,9 sc/ha.

Sustentabilidade financeira ameaçada

A baixa produtividade também trouxe preocupações financeiras. Segundo Jorge Michelc, a média de 67,05 sc/ha afeta diretamente o fluxo de caixa dos produtores. “O custo de produção no estado é de 122 sc/ha para cobrir todas as despesas, o que significa que os agricultores estão descapitalizados”, alertou. Para aqueles que plantaram soja na safra anterior, os custos foram amortizados, com o valor reduzido para 89,72 sc/ha, mas ainda acima da média estadual.

Os produtores iniciaram a semeadura do milho em janeiro de 2024 e concluíram o processo em maio, três semanas após o ciclo anterior. Contudo, a baixa ocorrência de chuvas prejudicou o potencial produtivo das lavouras, impactando os períodos mais sensíveis ao estresse hídrico e afetando drasticamente os resultados da safra.

Mais Notícias
Cultura

Giro Cultural e Fesmorena movimentam o Parque dos Ipês nesta sexta-feira

21 novembro, 2024

Educação

Matrículas estão abertas até 16 de dezembro para alunos da Rede Municipal

21 novembro, 2024

Política

Governo de MS discute obras federais com ministra Simone Tebet

21 novembro, 2024

Feito com amor ♥ no glorioso Estado de Mato Grosso do Sul - Design por Argo Soluções