Após deixar a Câmara Municipal de Campo Grande no final de 2024, o ex-vereador Tiago Vargas (PP) foi nomeado assessor especial na Secretaria Especial de Articulação Regional da Prefeitura. A nomeação, publicada no Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande) na última terça-feira (14), tem validade retroativa a 2 de janeiro de 2025.
O cargo de Vargas tem vencimento base de R$ 5.049,45, mas com as gratificações autorizadas pela prefeita Adriane Lopes (PP), seu salário pode alcançar até R$ 15.148,35 mensais. A nomeação segue a estratégia da prefeita de integrar ex-parlamentares do Progressistas que não obtiveram reeleição, como Sandro Benites, agora diretor-presidente da Funesp (Fundação Municipal de Esportes), e Valdir Gomes, nomeado secretário-executivo da Cultura.
Em resposta ao portal O Sul-mato-grossense, Vargas afirmou: “Fico feliz em fazer parte da administração da prefeita Adriane Lopes e estarei lutando ao lado dela, assim como dos demais servidores, para que possamos levar o que há de melhor para a população campo-grandense.”
A nomeação levanta discussões, já que Vargas, em sua trajetória política, sempre se posicionou contra práticas que chamava de “mamatas” em cargos comissionados. Após sua inelegibilidade ser confirmada pela Justiça devido à demissão como policial civil, ele não conseguiu disputar as eleições de 2024, mas obteve 2.898 votos como candidato informal.
A situação de inelegibilidade também o impediu de assumir o cargo de deputado estadual em 2022, quando foi eleito, mas barrado pela Justiça Eleitoral. Agora, longe do Legislativo, Vargas retorna ao setor público em um cargo estratégico na gestão Adriane Lopes.