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Trump adia lei de banimento e propõe que EUA controlem parte do TikTok

Segundo a agência Reuters, presidente americano assinou ordem executiva que suspende o banimento do TikTok nos EUA por um prazo de 75 dias

Redação
Por: Redação
20/01/2025 às 21h34 Atualizada em 21/01/2025 às 10h14
Trump adia lei de banimento e propõe que EUA controlem parte do TikTok

 

O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta segunda-feira (20) a assinatura de uma ordem executiva que impede o procurador-geral de adotar qualquer medida em relação ao banimento do TikTok no país por 75 dias, segundo informações da agência Reuters. A decisão adia a aplicação de uma lei assinada em abril de 2024 pelo ex-presidente Joe Biden, que exigia que a rede social chinesa transferisse sua operação nos EUA para um comprador local ou enfrentasse a proibição.

Trump afirmou que a ordem lhe confere autoridade para “vender ou fechar” o TikTok no mercado americano. “Vamos tomar essa decisão”, declarou. Ele acrescentou que os Estados Unidos poderiam firmar um acordo para que a plataforma continue funcionando, mas destacou que o país deveria obter metade da operação da rede social. “Sem um acordo, o TikTok não vale nada”, reforçou o republicano.

O ex-presidente sugeriu que, caso o TikTok aceite os termos de um acordo, a plataforma poderia atingir um valor de mercado de até US$ 1 trilhão. “Se eu não fizer o acordo, não vale nada. Se eu fizer, vale muito. Estou falando de fazer isso pelos Estados Unidos, e acredito que teríamos direito a metade disso”, comentou.

Trump também mencionou que o CEO do TikTok, Shou Zi Chew, estaria receptivo à ideia de compartilhar a propriedade da rede social com o governo americano. “Ele sabe que, sem isso, não tem nada”, afirmou. Chew, que já participou de eventos oficiais ao lado de Trump, tem buscado se aproximar do governo americano em uma tentativa de evitar a proibição da plataforma no país.

No domingo (19), usuários americanos enfrentaram horas de instabilidade no acesso ao TikTok. A plataforma retomou suas operações após declarações de Trump indicando o adiamento da medida restritiva. Em um comunicado aos usuários, a rede social celebrou a ação presidencial: “Graças aos esforços do presidente Trump, o TikTok está de volta nos EUA”.

A decisão reflete um novo capítulo na relação tensa entre a administração republicana e a popular rede social chinesa, enquanto questões sobre privacidade e segurança digital seguem em destaque nos debates governamentais.

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