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Caro e sem retorno: Parquímetro pode voltar a Campo Grande com tarifa mais alta

Estacionar na região central pode custar até R$ 4,40 por hora com novo modelo de concessão

21/01/2025 às 10h48 Atualizada em 21/01/2025 às 13h33
Por: João Paulo Ferreira
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Caro e sem retorno: Parquímetro pode voltar a Campo Grande com tarifa mais alta

Campo Grande pode voltar a ter parquímetros em 2025, mas a novidade já enfrenta críticas dos motoristas. Estudos técnicos para reativar o sistema de estacionamento rotativo estão em fase final, com previsão de aumento no número de vagas de 2,5 mil para 6,2 mil. O custo, porém, deve ser 60% maior, passando de R$ 2,50 para R$ 4,40 por hora, gerando revolta e indignação entre os consumidores.

A prefeitura informou que a Agência de Regulação está conduzindo os estudos econômicos e financeiros, enquanto a Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran) realiza análises técnicas. Os resultados devem ser apresentados no primeiro trimestre de 2025, quando serão encaminhados à Secretaria Especial de Licitações e Contratos (Selc) para dar início ao processo de concessão.

Reclamações e histórico de problemas

Estacionar na região central de Campo Grande tem sido um desafio constante, tanto durante o funcionamento do antigo parquímetro quanto após a suspensão do serviço em 2022. O contrato com a FlexPark foi encerrado em meio a dívidas de repasses ao município e diversas críticas de motoristas, que reclamavam da precariedade do sistema e do custo elevado.

Desde então, a situação não melhorou. Sem o sistema, motoristas enfrentam a falta de organização e fiscalização, com vagas disputadas de forma desordenada e desrespeito às normas de trânsito. A previsão de retorno do parquímetro, agora com uma tarifa até 60% mais cara, levanta dúvidas sobre melhorias reais no serviço, que já foi alvo de insatisfação no passado.

Concessão pode durar até 12 anos

O novo contrato, sancionado pela prefeitura em 2024, prevê que a concessão terá validade de até 12 anos, com possibilidade de prorrogação mediante aprovação da Câmara Municipal. Além disso, o projeto indica que parte dos valores arrecadados poderá ser usada para subsidiar o sistema municipal de transporte público.

Apesar das promessas de melhorias e ampliação de vagas, os motoristas se mostram céticos. O aumento do custo e os problemas enfrentados no contrato anterior alimentam o receio de que o sistema continue a gerar insatisfação.

Motoristas criticam volta dos parquímetros

A possível reativação dos parquímetros em Campo Grande não agrada parte dos motoristas, que reclamam tanto do preço quanto da qualidade do serviço. "O parquímetro nunca funcionou direito. Era caro e vivíamos com problemas para validar o ticket ou encontrar vagas disponíveis. Agora querem cobrar ainda mais caro? É absurdo!", criticou o autônomo Marcos Silva.

Outro ponto que gera insatisfação é a falta de confiança de que o novo modelo trará melhorias. "Sempre pagamos caro e nunca vimos retorno. O sistema era desorganizado, e agora dizem que vai custar quase o dobro? Isso só vai prejudicar quem precisa estacionar para trabalhar ou fazer compras no centro", comentou a comerciante Ana Paula Santos.

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