Fernanda Torres foi anunciada como indicada ao Oscar de Melhor Atriz por sua atuação no filme Ainda Estou Aqui. A cerimônia de premiação está marcada para o dia 2 de março, em Los Angeles. A atriz disputará o prêmio com Demi Moore (A Substância), Mikey Madison (Anora), Karla Sofía Gascón (Emilia Perez) e Cynthia Erivo (Wicked).
Com essa indicação, Fernanda se torna a segunda brasileira a concorrer na categoria de Melhor Atriz, repetindo o marco histórico de sua mãe, Fernanda Montenegro, que foi indicada em 1999 por Central do Brasil. Naquele ano, Montenegro perdeu o prêmio para Gwyneth Paltrow, por Shakespeare Apaixonado. Coincidentemente, os dois filmes que renderam indicações às atrizes foram dirigidos por Walter Salles.
A indicação foi recebida com entusiasmo no Brasil, especialmente no meio político. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva celebrou a conquista em suas redes sociais. "A turma de Ainda Estou Aqui já pode pedir música. Três indicações ao Oscar: Melhor Filme Estrangeiro, Melhor Atriz e, olha, Melhor Filme. Quanto orgulho! Beijo para Fernanda Torres e Walter Salles", escreveu.
O ministro Paulo Teixeira destacou que o filme representa o Brasil e sua história. "A história de Eunice Paiva e Rubens Paiva vai representar muito bem o nosso país no Oscar", afirmou. Gleisi Hoffmann, presidente do PT, exaltou a importância do livro que deu origem ao filme. "Um abraço para Marcelo Rubens Paiva, que escreveu um livro tão importante para nossa história. Viva a cultura brasileira! Viva o cinema nacional!".
A deputada federal Camila Jara (PT-MS) também comemorou o reconhecimento internacional. "A indicação de Fernanda Torres ao Oscar e de Ainda Estou Aqui reafirma a potência do cinema brasileiro e renova nossa esperança", disse em suas redes.
Já a deputada Erika Hilton ressaltou o impacto da obra no cenário mundial. "A história da sangrenta ditadura militar que vitimou milhares e que condicionou pessoas como Eunice Paiva a uma vida de luta está sendo vista pelo mundo inteiro", destacou.
O filme Ainda Estou Aqui também foi indicado nas categorias de Melhor Filme e Melhor Filme Internacional. A obra, baseada no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, conta a história de Eunice Paiva, interpretada por Fernanda Torres, e sua luta durante a ditadura militar brasileira após o desaparecimento de seu marido, Rubens Paiva.
Além de celebrar Fernanda Torres, o filme destaca a relevância da história de Eunice Paiva, que simboliza a resistência à repressão do regime militar no Brasil. A narrativa potente e a direção de Walter Salles consolidam a produção como uma das mais importantes do cinema nacional.