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Bebê de 7 meses morre com sinais de violência e mãe é presa por maus-tratos em MS

Investigação revela lesões graves e condições precárias como causas da tragédia

24/01/2025 às 10h47 Atualizada em 24/01/2025 às 12h42
Por: João Paulo Ferreira Fonte: Polícia Civil - MS
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Foto: Reprodução/Polícia Civil - MS
Foto: Reprodução/Polícia Civil - MS

A Delegacia de Atendimento à Mulher (DAM) de Bataguassu, em Mato Grosso do Sul, investiga a morte de uma bebê de apenas 7 meses, ocorrida na manhã da última quinta-feira (23). A criança chegou sem sinais vitais ao hospital da cidade, com rigidez cadavérica e extremidades arroxeadas. A mãe, de 21 anos, foi presa em flagrante suspeita de maus-tratos, após as investigações apontarem indícios de negligência e violência.

Conforme informações da polícia, a mãe acionou o Corpo de Bombeiros por volta das 9h20, alegando que encontrou a filha sem vida no colchão onde ambas dormiam. No entanto, o laudo necroscópico identificou como causa da morte a asfixia mecânica secundária a traumatismo cranioencefálico, associado a hemorragia subdural. A perícia constatou ainda cicatrizes antigas no corpo da bebê, lesões na cabeça, sangramento no ouvido, vermelhidão no pescoço e sinais de queimaduras provocadas por cigarro.

Bebê vivia em condições precárias

Uma inspeção no local realizada pela Polícia Civil revelou a precariedade em que a bebê estava inserida. Segundo a delegada responsável pelo caso, Izabela Borin Favoreto, a mãe havia consumido uma caixa de cerveja na noite anterior junto à avó e ao padrasto da criança. No depoimento, ela relatou que colocou a filha para dormir e, ao acordar às 7h, percebeu que a bebê já não apresentava sinais de vida.

As investigações também identificaram que a criança sofria com falta de higiene, apresentando fungos e assaduras graves nas partes íntimas. Além disso, a mãe da bebê tem outros dois filhos, um de 6 anos, que teve a guarda retirada anteriormente, e uma menina de 3 anos, que vive com a avó paterna.

Prisão preventiva solicitada

A mãe foi presa em flagrante e passará por audiência de custódia. A delegada Favoreto solicitou a conversão da prisão em preventiva, devido à gravidade dos indícios e da situação em que a vítima vivia. O caso segue sob investigação da DAM, que trabalha para elucidar todas as circunstâncias da morte e possíveis responsabilidades adicionais.

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