Uma apresentação realizada pela professora Emy Matheus Santos em uma escola municipal de Campo Grande gerou grande repercussão nesta terça-feira (11). A docente, que leciona na Escola Municipal Irmã Irma Zorzi, realizou uma performance caracterizada como drag queen para crianças de sete anos, o que provocou indignação entre parlamentares do PL.
Os vereadores Rafael Tavares e André Salineiro, junto com o deputado estadual João Henrique Catan, criticaram a atividade, alegando que a caracterização da professora não era adequada para o ambiente escolar. O episódio ganhou destaque nas redes sociais após a divulgação de um vídeo da interação entre Emy e os alunos.
Emy Matheus explicou em seu perfil no Instagram que a iniciativa tinha como propósito tornar o retorno às aulas mais dinâmico e acolhedor para os estudantes. A escola reforçou essa visão ao compartilhar o vídeo, destacando que a professora trouxe dicas para um início de ano letivo mais leve e descontraído.
Nas imagens, Emy aparece interagindo com os alunos e proporcionando um momento lúdico para facilitar a adaptação das crianças após as férias. O ambiente na sala de aula era de entusiasmo, com os estudantes respondendo às perguntas da professora e participando ativamente.
O deputado João Henrique Catan expressou sua indignação nas redes sociais:
"Professor de uma escola montado para dar aulas… e o mais preocupante, ele está dando aulas para crianças de seis e sete anos, que estão apenas começando sua formação educacional e de vida."
O vereador Rafael Tavares também se manifestou, alertando os pais sobre a presença de um "professor travesti, que foi vestido de travesti dar aulas para crianças de sete anos."
Já André Salineiro afirmou que levaria o caso à Secretaria Municipal de Educação (Semed) para solicitar providências.
Diante da polêmica, Emy Matheus compartilhou a postagem do deputado e pediu que seus seguidores denunciassem a página dele. A professora lamentou a situação, afirmando ter sido vítima de preconceito e ataques motivados por ódio.
A deputada estadual Gleice Jane (PT) saiu em defesa de Emy e classificou as críticas como transfóbicas.
Nossa equipe tentou contato com a professora e com a Semed para esclarecer a situação. O espaço permanece aberto para manifestações de todos os envolvidos.