A prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), nomeou mais um ex-vereador que não conseguiu se reeleger nas eleições municipais. O escolhido desta vez foi Betinho (Republicanos), que ocupará um cargo na administração municipal com salário de R$ 15 mil.
Betinho será responsável pelo projeto Valorizando a Vida, vinculado ao setor da Educação. Segundo ele, a iniciativa está alinhada com sua atuação na Câmara Municipal, onde defendeu a presença de psicólogos e assistentes sociais para apoiar a saúde emocional de crianças e servidores.
“Aceitei a missão que a prefeita Adriane Lopes me confiou”, declarou Betinho, agradecendo o apoio de lideranças do partido, incluindo a senadora Tereza Cristina (PP).
A nomeação de ex-vereadores tem sido uma prática recorrente na gestão de Adriane Lopes. Além de Betinho, já foram contemplados Sandro Benites (PP), que assumiu a Fundação de Esportes, Paulo Lands, designado para a pasta da Juventude, e Edu Miranda, nomeado assessor.
Uma das nomeações anteriores, a do ex-vereador Tiago Vargas (PP), acabou sendo revogada devido a um processo que impede sua ocupação de cargos públicos.
A prática de nomear ex-vereadores derrotados nas urnas para cargos na prefeitura tem gerado críticas, especialmente por levantar questionamentos sobre critérios técnicos e eventuais acordos políticos. Apesar disso, a gestão defende as escolhas, destacando a experiência dos nomeados em suas respectivas áreas.
Outro fato que tem chamado a atenção, é a nomeação de pastores evangélicos para cargos na prefeitura. Essas nomeações vem gerando discussões sobre critérios e transparência no preenchimento dessas funções. Já são mais de dez líderes religiosos designados para posições de alto escalão, muitos deles com salários elevados.
A presença crescente de pastores em cargos estratégicos levanta questionamentos sobre a influência religiosa na administração de Adriane. Estaria a prefeitura de transformando em um puxadinho para o meio gospel e ex-vereadores derrotados nas urnas?