A Polícia Civil de Campo Grande investiga a morte de um bebê de 6 meses ocorrida no último domingo (16). A criança deu entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Leblon na noite de sábado (15), com uma lesão grave na cabeça, já desacordada e sem responder a estímulos. Devido à gravidade do quadro, foi transferida para a Santa Casa, onde passou por cirurgia, mas não resistiu.
O padrasto da criança, um homem de 25 anos com histórico criminal, é o principal suspeito. Ele estava em liberdade condicional, utilizando tornozeleira eletrônica, e tem passagens por tráfico de drogas, ameaça, roubo e roubo majorado.
Segundo o relato da mãe às autoridades, o bebê estava sob os cuidados do padrasto enquanto ela se ausentava. Ao retornar, encontrou a criança desmaiada. Inicialmente, ela afirmou que o filho havia caído da cama, mas os médicos perceberam que os traumas não eram compatíveis com essa versão e acionaram a polícia.
Outro ponto que chamou atenção foi a inconsistência no relato sobre o tempo em que o bebê estava desacordado. Em um primeiro momento, a mãe disse que fazia 15 minutos, depois admitiu que poderia ter passado cerca de uma hora.
O Grupo de Operações e Investigações da Polícia Civil e o Batalhão de Choque da Polícia Militar foram acionados e prenderam o padrasto ainda na UPA. Ele foi encaminhado para a Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Cepol), mas não ficou detido. O caso foi registrado como "homicídio culposo e maus-tratos se do fato resulta a morte".
A Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente segue investigando se a morte foi resultado de um acidente ou de agressão. Exames periciais devem determinar a causa exata do óbito.