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DJ de Dourados é presa em Portugal acusada de chefiar rede de prostituição de luxo

Justiça manteve prisão preventiva após operação que investiga aliciamento de brasileiras para exploração sexual

João Paulo Ferreira
Por: João Paulo Ferreira
07/04/2025 às 16h34
DJ de Dourados é presa em Portugal acusada de chefiar rede de prostituição de luxo

A DJ Rebeka Episcopo, de 41 anos, natural de Dourados (MS), foi presa na última quarta-feira (2) em Lisboa, Portugal, acusada de liderar uma rede internacional de prostituição de luxo. A Justiça portuguesa decidiu manter a prisão preventiva da sul-mato-grossense, que é suspeita de aliciar mulheres brasileiras com falsas promessas de emprego e explorá-las sexualmente em spas de alto padrão.

Segundo a Polícia de Segurança Pública (PSP) de Portugal, Rebeka era a principal responsável por administrar os dois estabelecimentos envolvidos no esquema: o Nuru Spa Lisboa e o Nuru Spa Cascais. Ambos atendiam um público de alto poder aquisitivo e, segundo as autoridades, funcionavam como fachada para a exploração sexual de mulheres recrutadas no Brasil.

A operação, batizada de “Last Massage”, cumpriu 17 mandados de busca e apreensão e resultou na prisão de cinco pessoas, incluindo Rebeka e um policial português que estava afastado das funções. Os agentes apreenderam 107 mil euros em espécie, armas de fogo, munições, documentos, celulares e computadores usados na operação da rede.

A investigação aponta que a DJ sul-mato-grossense fazia contato com brasileiras por meio das redes sociais, oferecendo trabalho como massagistas em Portugal. Ao chegarem ao país, no entanto, as vítimas eram coagidas a prestar serviços sexuais. As autoridades portuguesas suspeitam que a rede pode ter ramificações no Brasil.

Rebeka Episcopo vive na Europa há mais de 30 anos e mantém mais de 65 mil seguidores nas redes sociais, onde se apresenta como empresária, produtora musical e DJ. Nascida em Dourados, ela ainda mantinha laços com o Mato Grosso do Sul, onde familiares e conhecidos acompanham o desenrolar do caso com surpresa.

Das seis pessoas detidas na operação, três foram soltas com medidas cautelares, enquanto Rebeka e outros dois suspeitos seguem presos. O inquérito segue em andamento e, segundo a polícia portuguesa, novas fases da investigação não estão descartadas.

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