A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) decidiu afastar temporariamente a árbitra de vídeo Daiane Caroline Muniz dos Santos, natural de Três Lagoas (MS), após um erro identificado na análise do VAR durante a partida entre Internacional e Cruzeiro, pela segunda rodada do Campeonato Brasileiro, realizada no último fim de semana.
A polêmica aconteceu aos 20 minutos do primeiro tempo, quando o zagueiro Jonathan Jesus, do Cruzeiro, foi expulso após cometer falta em Wesley, atacante do Colorado. A decisão inicial partiu do árbitro Marcelo de Lima Henrique, e foi confirmada após checagem de Daiane Muniz na cabine do VAR.
No entanto, uma revisão posterior feita pelo Comitê Consultivo de Especialistas Internacionais da CBF concluiu que a expulsão foi um equívoco. A recomendação, então, foi pelo afastamento temporário tanto da árbitra de vídeo quanto do árbitro principal, com o objetivo de reavaliação e aprimoramento técnico.
Daiane Muniz é uma das sete árbitras brasileiras com escudo FIFA e tem no currículo participações em grandes competições internacionais, como edições da Copa do Mundo Feminina e os Jogos Olímpicos de Paris. Apesar da bagagem, ela ainda não atuou como árbitra principal em partidas da Série A do futebol masculino.
O caso reacende discussões sobre a presença feminina na arbitragem de alto nível, especialmente no futebol masculino, mesmo com a trajetória sólida que algumas profissionais vêm construindo fora do país.
Em nota, a Comissão de Arbitragem da CBF afirmou que segue com processos contínuos de avaliação e capacitação dos seus árbitros, reforçando que decisões como essa visam garantir o mais alto padrão técnico nas competições organizadas pela entidade.