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VÍDEO: Segurança agride cadeirante em frente à Americanas no centro de Campo Grande

Imagens mostram vítima sendo derrubada da cadeira de rodas e chutada no chão enquanto pede socorro; caso gerou revolta nas redes e é investigado pela polícia

João Paulo Ferreira
Por: João Paulo Ferreira
15/04/2025 às 14h11 Atualizada em 15/04/2025 às 14h27
VÍDEO: Segurança agride cadeirante em frente à Americanas no centro de Campo Grande

Um episódio revoltante de violência contra uma pessoa com deficiência causou comoção nas redes sociais na última segunda-feira (14), em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Um cadeirante foi agredido por um homem que se identificou como segurança na porta da loja Americanas, localizada na Rua Marechal Rondon, no centro da cidade. A cena, registrada por populares, rapidamente viralizou nas redes.

As imagens são fortes: mostram o cadeirante sendo empurrado, levando um tapa e caindo da cadeira de rodas. Mesmo já no chão, ele continua sendo agredido com um chute no abdômen. Em meio ao desespero, a vítima implora por ajuda: “Não faz isso não, pelo amor de Deus. Me ajuda.”

Testemunhas que passavam pelo local tentaram intervir e chegaram a ameaçar chamar a polícia. O agressor, com total frieza, respondeu: “Pode chamar”, antes de simplesmente voltar para dentro da loja como se nada tivesse acontecido. A vítima foi amparada por quem estava por perto, mas até o momento sua identidade não foi divulgada, e ainda não se sabe qual é seu estado de saúde ou se recebeu atendimento médico.

Diante da repercussão, o homem afirmou ser vigilante, mas negou qualquer vínculo com a Americanas. Em entrevista ao portal Midiamax, ele disse que o cadeirante seria conhecido por furtos na região. “Esse cadeirante é um ladrão da área central, antigo já. Eu sou vigilante, não faço parte dessa loja”, declarou.

A Americanas, por sua vez, divulgou nota oficial informando que o agressor foi imediatamente afastado e que repudia qualquer tipo de violência, seja dentro ou fora de suas lojas. A empresa também afirmou estar colaborando com as investigações.

O caso segue sob apuração das autoridades e levantou discussões importantes nas redes sociais, como o capacitismo estrutural, o uso excessivo de força por seguranças particulares e a vulnerabilidade de pessoas com deficiência em espaços públicos.

Confira o vídeo:

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