A Prefeitura de Dourados vai precisar descartar cerca de 165 mil unidades de materiais hospitalares vencidos, gerando um prejuízo que ultrapassa R$ 445,9 mil aos cofres públicos. Além da perda financeira, o município ainda terá que arcar com o custo do descarte correto desses resíduos hospitalares, conforme exige a legislação ambiental, ao valor aproximado de R$ 8 por quilo.
O item com maior quantidade vencida é o coletor universal para exames de urina: 72 mil unidades expiraram em janeiro deste ano. Só esse lote representa um prejuízo de R$ 30,9 mil. A situação é ainda mais preocupante porque o mesmo material está atualmente em falta nas unidades de saúde da cidade, impactando diretamente o atendimento à população.
O insumo mais caro da lista é o ionômero fotopolimerizável, utilizado em tratamentos odontológicos. Foram registradas 2.500 unidades vencidas em julho de 2023, somando um prejuízo de R$ 309,7 mil.
A relação completa dos materiais vencidos foi apresentada pela Prefeitura em resposta a um ofício da Câmara Municipal. O caso acendeu um alerta entre as autoridades locais. O deputado estadual Zé Teixeira (PSDB) lamentou o desperdício de recursos públicos e chamou atenção para os impactos negativos na qualidade dos serviços de saúde.
Em nota, a administração atual afirmou que já está implementando mudanças no sistema de controle e distribuição de insumos, para evitar que situações como essa voltem a acontecer.