A possível retomada dos voos diretos entre Três Lagoas (MS) e o Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, voltou à pauta. Após anos de suspensão devido à pandemia, representantes da Prefeitura de Três Lagoas e do Governo do Estado se reuniram com executivos da Gol Linhas Aéreas para tratar da reativação da rota, considerada estratégica para o desenvolvimento da região.
O encontro foi realizado na sede da companhia aérea, em São Paulo, com a participação do prefeito Ângelo Guerreiro, da secretária estadual de Turismo, Esporte e Cultura, Hélia Harumi, e de técnicos da Secretaria de Infraestrutura. A comitiva apresentou dados atualizados sobre a demanda por transporte aéreo, o desempenho econômico do município e os investimentos realizados no Aeroporto Municipal Plínio Alarcom, que já atende aos requisitos da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).
“Três Lagoas cresceu e precisa de uma ligação aérea estável com o principal centro econômico do país. Essa conexão é fundamental para o desenvolvimento da região”, afirmou o prefeito.
Homologado para voos comerciais, o aeroporto está apto a receber aeronaves de médio porte, como os Boeing 737, utilizados pela Gol. A prefeitura reforçou que a cidade está pronta para oferecer suporte técnico e logístico à operação.
Gol avalia viabilidade da rota, mas mantém canal aberto
A Gol informou que analisará a viabilidade econômica do trecho, levando em conta fatores como demanda de passageiros, custos operacionais e disponibilidade de horários nos aeroportos envolvidos. Apesar de não definir prazos, a companhia demonstrou interesse em manter o diálogo com o município.
Setor empresarial reforça importância da ligação aérea
Três Lagoas é um dos principais polos industriais do Mato Grosso do Sul, com destaque para os setores de papel e celulose, energia e agronegócio. Empresas como Suzano e Eldorado Brasil atuam na região, e representantes do setor produtivo local defendem a retomada da rota como forma de reduzir custos e facilitar o deslocamento de profissionais.
Hoje, os deslocamentos para São Paulo e outras capitais são feitos por rodovia até os aeroportos de Campo Grande (MS), Araçatuba (SP) ou Ribeirão Preto (SP). A reativação da ligação direta com Congonhas é vista como essencial para ampliar a competitividade regional e atrair novos investimentos.