Campo Grande deu um passo importante na segurança viária ao reduzir em 26% o número de mortes no trânsito no primeiro trimestre de 2025. O dado, divulgado por autoridades municipais, é animador — mostra que os esforços estão surtindo efeito. Mas a realidade nas ruas ainda preocupa, e muito: são mais de 30 acidentes por dia registrados na cidade.
Só em janeiro, quase mil ocorrências foram contabilizadas. O número impressiona e revela o que os dados não escondem: o trânsito da capital ainda é marcado por imprudência, pressa e desatenção. Entre os principais vilões, seguem velhos conhecidos — excesso de velocidade, uso do celular ao volante e desrespeito às leis de trânsito.
Segundo a Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran), a queda nas mortes é reflexo do programa "Vida no Trânsito", que combina monitoramento, educação, obras de engenharia e fiscalização intensiva. A estratégia foca em identificar os pontos mais perigosos da cidade e agir diretamente onde o risco é maior.
Apesar dos avanços, o desafio está longe de ser vencido. A cultura de desrespeito ainda impera. “É preciso mais que números menores. Precisamos de uma mudança real de comportamento”, dizem especialistas da área.
Para os próximos meses, a prefeitura promete intensificar campanhas educativas, promover blitzes de orientação e ampliar a fiscalização. A meta é clara: não apenas reduzir estatísticas, mas transformar a relação do campo-grandense com o trânsito — e salvar vidas.