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Avanço de doenças respiratórias agrava crise hospitalar e mortes sobem para 106 em Campo Grande

Mortes por doenças respiratórias chegam a 106 em Campo Grande; falta de leitos e superlotação ampliam crise na saúde pública

Redação
Por: Redação
12/05/2025 às 19h42
Avanço de doenças respiratórias agrava crise hospitalar e mortes sobem para 106 em Campo Grande

O número de mortes e internações causadas por doenças respiratórias segue em alta em Campo Grande, refletindo um agravamento no sistema de saúde da Capital. Em menos de uma semana, o total de óbitos saltou de 94 para 106 — um aumento alarmante que atinge majoritariamente crianças e idosos. Segundo dados das autoridades sanitárias, entre as mortes registradas neste ano, 10 são de crianças e 63 de pessoas com mais de 60 anos.

Até o momento, foram contabilizados 1.219 casos confirmados que necessitaram de internação hospitalar. O grupo infantil representa a maioria absoluta, com 721 crianças internadas. Especialistas apontam que o sistema de saúde da cidade está operando acima da capacidade, fator que tem contribuído para o agravamento do cenário.

A Santa Casa de Campo Grande, o maior hospital de Mato Grosso do Sul, anunciou neste fim de semana a suspensão temporária dos atendimentos no Pronto Atendimento Adulto e Infantil. A interrupção foi justificada pela grave escassez de insumos no centro cirúrgico, risco iminente de desassistência e possibilidade de agravamento clínico dos pacientes.

A situação expõe uma crise estrutural no sistema público de saúde da Capital. Com todos os leitos hospitalares ocupados, cerca de 260 pessoas — entre adultos e crianças — aguardam uma vaga. Segundo a secretária municipal de saúde, Rosana Leite, 41 crianças, incluindo três do interior do Estado, estão em unidades básicas de saúde com indicação médica de internação. Além delas, 220 adultos também aguardam transferência para hospitais.

Apesar da escassez de leitos, a secretária garantiu que todos os pacientes seguem recebendo cuidados adequados nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). No entanto, a superlotação também já atinge essas unidades, evidenciando um colapso em cadeia na rede pública de saúde.

Autoridades municipais buscam alternativas emergenciais para enfrentar o crescimento das doenças respiratórias, mas admitem que a situação é crítica. O município ainda não divulgou previsão para normalização dos atendimentos nas unidades hospitalares.

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