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Campo Grande, MS

TRE julga nesta terça pedido de cassação de Adriane Lopes por compra de votos

Procuradoria aponta captação ilícita e pede perda do mandato da prefeita

João Paulo Ferreira
Por: João Paulo Ferreira
19/05/2025 às 11h48 Atualizada em 19/05/2025 às 13h42
TRE julga nesta terça pedido de cassação de Adriane Lopes por compra de votos

O Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE-MS) julga nesta terça-feira (20), a partir das 17h, o pedido de cassação dos mandatos da prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), e da vice-prefeita, Camilla Nascimento (Avante). As duas são acusadas de envolvimento em um esquema de compra de votos durante a campanha eleitoral de 2022.

A ação foi movida por PDT e DC, que denunciam a chapa por abuso de poder político, econômico e religioso. Entre os episódios citados no processo, estão relatos de distribuição de dinheiro a eleitores — com valores que variam entre R$ 50 e R$ 100 — além do suposto uso da máquina pública em benefício da candidatura.

Na análise preliminar do caso, o juiz eleitoral Ariovaldo Nantes Corrêa afastou as acusações de abuso de poder, mas reconheceu indícios de compra de votos, determinando o envio do processo à Polícia Federal para aprofundamento das investigações.

O Ministério Público Eleitoral (MPE) também se manifestou de forma favorável à cassação. No parecer, o procurador regional Luiz Gustavo Mantovani afirma que há provas de captação ilícita de sufrágio e que a prefeita tinha conhecimento das ações promovidas por apoiadores.

A defesa de Adriane e Camilla, por sua vez, nega qualquer irregularidade. Segundo elas, as participações em eventos religiosos são anteriores ao período eleitoral e não têm relação com a campanha. As duas ainda sustentam que não existem provas que as vinculem, direta ou indiretamente, às acusações.

Se o TRE acatar o pedido, tanto Adriane quanto Camilla podem perder os mandatos e ficar inelegíveis pelos próximos oito anos.

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