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Jaguatirica é atropelada na BR-376, entre Ivinhema e Nova Andradina

Felino foi encontrado morto às margens da rodovia por motorista que acionou a Polícia Ambiental

João Paulo Ferreira
Por: João Paulo Ferreira
19/05/2025 às 16h51
Jaguatirica é atropelada na BR-376, entre Ivinhema e Nova Andradina

Uma jaguatirica (Leopardus pardalis) foi encontrada morta na noite do último domingo (18), às margens da BR-376, no trecho que liga os municípios de Ivinhema e Nova Andradina, em Mato Grosso do Sul. O felino estava a cerca de 200 metros da ponte sobre o Rio Ivinhema, já no território de Nova Andradina.

Segundo informações, um motorista que passava pela rodovia avistou o animal ainda com sinais de calor, o que indica que o atropelamento ocorreu pouco antes da chegada dele. O condutor acionou imediatamente a Polícia Militar Ambiental (PMA), responsável pelo atendimento de ocorrências envolvendo a fauna silvestre na região.

A jaguatirica é um felino de hábitos noturnos e solitários, alimentando-se principalmente de pequenos mamíferos, aves, répteis e até peixes. Embora atualmente não esteja na lista oficial de espécies ameaçadas de extinção, sua população vem diminuindo, principalmente devido à destruição de habitats, à caça ilegal e à redução das presas naturais. Esses fatores são agravados pelo avanço do desmatamento e pela expansão das atividades agropecuárias no bioma.

Atropelamentos de animais silvestres como esse são recorrentes em Mato Grosso do Sul. O estado possui diversas rodovias que cortam áreas de vegetação nativa, expondo a fauna a riscos constantes. Espécies como a jaguatirica acabam cruzando as pistas em busca de alimento ou parceiros, ficando vulneráveis a acidentes fatais.

Especialistas apontam que a instalação de passagens de fauna, cercas direcionadoras e sinalização adequada são medidas importantes para reduzir esses incidentes e ajudar na preservação da biodiversidade. Além disso, reforçam que o planejamento das rodovias deve levar em conta os fluxos naturais da fauna para minimizar os impactos sobre os ecossistemas.

O corpo da jaguatirica foi recolhido pela Polícia Militar Ambiental, que seguirá com os procedimentos de praxe, incluindo exames e o registro oficial do óbito.

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