Um homem foi capturado pela Guarda Civil Metropolitana (GCM) na tarde da última quarta-feira (21), no Parque Sóter, em Campo Grande, após ser acusado de assediar e perseguir um vigilante que trabalha no local.

Segundo o relato da GCM, a equipe fazia patrulhamento intensificado na região sul do parque, por conta de atos de vandalismo registrados pela manhã, quando viu o homem andando pelo local. Ao tentar abordá-lo para pedir informações, ele ignorou os guardas e seguiu reto, mesmo após a ordem de parada.

Diante da atitude, os guardas decidiram fazer a abordagem. O homem ficou exaltado, recusou-se a apresentar os documentos e usava fones de ouvido, o que dificultou a comunicação. A equipe precisou elevar o tom de voz para conseguir ser ouvida.

Depois de um tempo, ele apresentou apenas o CPF e o nome, que foram checados, mas não constava nenhuma pendência. Mesmo assim, ele manteve uma postura provocadora e disse que “não ia dar em nada” e que “vocês não são ninguém”.

Ainda segundo a GCM, o homem afirmou ter influência e disse que “ia acionar superiores”, alegando que, no dia anterior, “um episódio parecido fez guardas serem exonerados” no mesmo local.

De fato, conforme os guardas, o suspeito já tinha sido abordado um dia antes, quando também se recusou a entregar os documentos, filmou os agentes e falou de forma pejorativa: “Vocês não são nada”.

Na nova abordagem, ele voltou a debochar e afirmou: “Não vou entregar documento pra vocês, só pra polícia. Todo mundo ri de vocês, seus guardinhas de merda”. Ele ainda disse que estava sem o RG, mas depois descobriram que o documento estava com ele o tempo todo.

Na guarita principal do parque, ele começou a filmar insistentemente a equipe, quando o vigilante que trabalha no local se aproximou e relatou que já tinha feito uma denúncia contra o mesmo homem.

Segundo o vigilante, ele foi assediado novamente nesta data, enquanto fazia uma caminhada. O suspeito teria feito cantadas, tirado fotos e seguido o trabalhador pelo parque. O vigilante ainda relatou que o homem o persegue com frequência, já tendo mostrado as partes íntimas, feito gestos insinuantes, mandado beijos e o convidado para ir ao mato. O vigilante declarou que se sentiu constrangido e ameaçado.

O trabalhador manifestou, na hora, a vontade de formalizar uma denúncia criminal contra o suspeito.

Com a confirmação da denúncia, os guardas abordaram novamente o homem, que no começo resistiu, mas depois, ao ser informado que seria encaminhado para a delegacia, aceitou acompanhar a equipe.

Ele foi levado na viatura da GCM, separado do vigilante, até a Central de Polícia Judiciária (Cepol). Segundo a GCM, ambos foram conduzidos com segurança, com integridade física e psicológica preservadas.

Os guardas também informaram que ofereceram atendimento médico ao homem, mas ele recusou. Já na Cepol, foi fornecida água e garantidos todos os direitos constitucionais.

Confira o vídeo: