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Prefeito de Coxim nega envolvimento em operação e afirma estar à disposição

Quatro são presos na segunda fase da “Grilagem de Papel” em Coxim

João Paulo Ferreira
Por: João Paulo Ferreira
27/05/2025 às 16h06
Prefeito de Coxim nega envolvimento em operação e afirma estar à disposição
Foto: Sheila Forato

Na manhã desta terça-feira (27), o prefeito de Coxim, Edilson Magro, concedeu entrevista ao portal Edição MS em seu gabinete, onde acompanhava o desenrolar da segunda etapa da operação "Grilagem de Papel", conduzida pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado).

Durante o encontro, Edilson Magro esclareceu que não figura entre os investigados na ação, embora tenha sido notificado sobre o pedido de afastamento de dois servidores municipais: o procurador jurídico Flávio Garcia da Silveira e Rodrigo Melo, atual gerente de Tributação, que substituiu Rodrigo Ferreira Lima. “Não sou investigado”, reforçou o prefeito, acrescentando que está à disposição das autoridades para colaborar com quaisquer esclarecimentos.

Enquanto isso, agentes do Gaeco realizavam buscas intensivas nas dependências da Prefeitura, com foco na gerência de Tributação e na área de Tecnologia da Informação, de onde diversos materiais foram apreendidos para subsidiar o inquérito. As ações não se restringiram ao prédio público; equipes também realizaram diligências simultâneas em vários pontos do município.

A ofensiva resultou em quatro prisões preventivas: Rodrigo Ferreira Lima, ex-gerente de Tributação; Thiago Cassiano, ex-gerente de Habitação e arquiteto; Márcio Rodrigues da Silva, policial civil que também atuou na gerência de Tributação; e Ivaldir Adão Albrecht Junior.

De acordo com o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), a investigação aponta a existência de uma organização criminosa formada por servidores e particulares. O grupo teria fraudado processos para a emissão irregular de certidões de regularização fundiária, permitindo a transferência de terrenos desocupados, mas com propriedade legal definida, para terceiros, mediante pagamento de propina. As transações ocorriam no Cartório de Registro de Imóveis, beneficiando os próprios envolvidos, familiares e outros interessados.

As investigações prosseguem com o objetivo de identificar todos os participantes do esquema e apurar o alcance das fraudes.

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