Na oitiva da Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga o transporte público da Capital, realizada na segunda-feira (9), o vereador Júnior Coringa afirmou que a Prefeitura já dispõe de base legal para rescindir o contrato com o Consórcio Guaicurus. Ele sustenta que a empresa não mantém o seguro obrigatório de passageiros, cláusula prevista no acordo de concessão.

“É inadmissível que os usuários do transporte coletivo estejam sem a mínima cobertura em caso de acidentes. Isso por si só já seria motivo suficiente para a Prefeitura rescindir o contrato”, declarou o parlamentar.

Questionado pelo Portal O Sul-mato-grossense sobre os próximos passos, Coringa disse que o relatório final da CPI está em fase de elaboração e deve ficar pronto em até um mês. “Estamos organizando e preparando o relatório; só depois de fechado, no fim da CPI, vamos encaminhar as recomendações. Ele é extenso e envolve várias secretarias e órgãos da Prefeitura”, explicou.

Na sessão, o depoente foi Paulo Vitor Brito de Oliveira, diretor de operações do consórcio. Confrontado pelo vereador, ouviu críticas diretas:

“O senhor é um leão para defender o Consórcio Guaicurus, mas vira um gatinho quando precisa defender os passageiros. Isso é um desrespeito com a população que depende do transporte público todos os dias”, disse Coringa.

A CPI continuará ouvindo testemunhas e recolhendo documentos sobre a prestação do serviço. Até o fechamento desta reportagem, nem o Consórcio Guaicurus nem a Prefeitura de Campo Grande haviam se manifestado sobre a possibilidade de rescisão.