A Justiça de Sidrolândia acatou denúncia do Ministério Público Estadual e tornou réus 14 investigados na quarta fase da Operação Tromper, que apura desvios milionários na Prefeitura Municipal. Entre os acusados estão o ex-vereador Claudinho Serra (PSDB), sua esposa, a médica Mariana Camilo de Almeida Serra, o pai dele, Cláudio Jordão de Almeida Serra, além de empresários e ex-assessores públicos.

As denúncias envolvem crimes de corrupção ativa, passiva e lavagem de dinheiro, com foco em um suposto esquema de desvio de recursos públicos por meio de contratos fraudulentos com construtoras. Cleiton Nonato Correia e Edmilson Rosa, representantes das empresas GC Obras e AR Pavimentação, também estão entre os réus.

A ação penal foi aceita pelo juiz Bruce Henrique dos Santos Bueno Silva, da Vara Criminal de Sidrolândia. Apesar da aceitação da denúncia, o processo tramita sob sigilo externo. O magistrado destacou que os autos apresentam indícios suficientes para a abertura da ação judicial, ainda que os elementos não sejam conclusivos. Segundo ele, há registros bancários, identificação de contas suspeitas e depoimentos colhidos que indicam a existência de um esquema organizado.

Entre os réus, também estão Carmo Name Júnior — ex-assessor e preso desde a deflagração da operação em 5 de junho —, além de nomes ligados à estrutura política e empresarial local. Esta é a segunda denúncia formal contra Claudinho Serra, que é genro da ex-prefeita Vanda Camilo (PP). Já sua esposa, filha da ex-gestora, é citada pela primeira vez como integrante do grupo investigado.

Lista completa dos 14 réus na 4ª fase da Operação Tromper:

• Claudinho Serra

• Carmo Name Júnior

• Cláudio Jordão de Almeida Serra

• Thiago Rodrigues Alves

• Valdemir Santos Monção (Nanau)

• Cleiton Nonato Correia

• Edmilson Rosa

• Jhorrara Souza Santos Name

• Mariana Camilo de Almeida Serra

• Jéssica Barbosa Lemes

• Sandra Rui Jacques

• Ueverton da Silva Macedo (Frescura)

• Juliana Paula da Silva

• Rafael Paula da Silva

A Operação Tromper, conduzida pelo Ministério Público com apoio da Polícia Civil, tem desdobramentos em várias frentes e já identificou uma possível rede criminosa responsável por movimentações financeiras ilegais e contratos direcionados, causando prejuízo significativo aos cofres públicos de Sidrolândia.