Por Viviane Freitas | 17 junho, 2022 - 15:40
Você trabalha no que gosta? O sul-mato-grossense, Bruno Cameschi, sim, e conta ao OSM, como faz sucesso nas redes sociais utilizando humor e seu conhecimento profissional para ajudar corretores de imóveis de todo o Brasil. Bruno criou a página ‘corretordadepressão‘ em 2018 como um escape ao enfrentar literalmente a doença e com isso, já acumula quase 57 mil seguidores. Hoje, ele contribui direta e indiretamente em processos de mais de 300 clientes e assessora clientes e corretores de algumas regiões do país.
Mas como foi o processo da sua trajetória? Vamos lá, a paixão pelo trabalho iniciou ainda na infância, quando Bruno admirava a persistência dos seus pais. “Me marcou muito na infância o esforço dos meus pais. Meu pai chegou em Três Lagoas apenas com uma bicicleta Caloi 10 e construiu uma bela carreira como Policial Federal, baseada claro, em muito esforço e estudo. Minha mãe também estudou muito, inclusive eles se conheceram na época da faculdade. Mas, o que eu mais me recordo é o esforço de cada um, ele em seu trabalho e ela em cuidar da casa e em nossa formação, isso ela fez de primeira e com maestria”, relembra.
Mas quem motivou Bruno a seguir o ramo de vendas de imobiliário foi o seu tio. “Desde pequeno via o tanto que ele era esforçado e ‘virador’, sempre trabalhando. Teve sua loja, mexeu com vendas de pacotes de turismo e eu cresci vendo isso, até que ele foi para o ramo imobiliário como corretor e sempre me chamava para ajudá-lo”, comenta.
A sua primeira experiência no ramo da corretagem começou em 2002, quando ainda trabalhava no exército. “Eu conciliava o tempo de trabalho acompanhando meu tio nas visitas, auxiliando também nos contratos”, explica.
Mas foi em 2007 que ele recebeu o convite para trabalhar na imobiliária do seu tio e iniciou, acredite ou não, no modelo home office. “Meu tio que já possuía sua imobiliária própria me convidou pra sair do quartel e trabalhar com ele. Como já estava cansado da vida militar e eu era temporário, aceitei. Porém, pedi um prazo até que terminasse meu ano no quartel, e durante este tempo já executava bastante tarefas pra ele pelo notebook (o que hoje seria chamado de home office). Eu já fazia naquela época, a informatização da imobiliária. Até que em março de 2008, sai de vez do exército e fui trabalhar com o meu tio diretamente”, comentou.
Sobre o maior erro e também uma das suas maiores decepções cometido na profissão durante os últimos anos, ele diz que foi fazer um curso em uma escola sem pesquisar a procedência. “Quando entrei na área, procurei uma escola pra eu fazer o curso de transações imobiliárias em 2009, cheguei a concluir com êxito e protocolei no CRECI, nosso conselho de classe da profissão”, diz.
Alguns anos depois, Bruno chegou a deixar a sua profissão de lado para morar no Paraguai, onde viveu por quatro anos. Mas a convite de um amigo, voltou para Mato Grosso do Sul e decidiu retornar a profissão. “Achei que estava tudo certo, fui consultar no conselho de corretores a escola que eu fiz o curso e descobri que ela acabou sendo cassada pelo Ministério de Educação. Isso foi um grande baque pois estava em uma fase muito apertada financeiramente em minha vida e tive que refazer o curso tudo de novo, com o apoio dos meus pais”, conta ao OSM.
Agora, sobre seu maior acerto, ele diz que foi seguir sua intuição e sua paixão pelo ramo imobiliário. Atuante há mais de 7 anos no Mercado Imobiliário de Mato Grosso do Sul e residindo na cidade de Campo Grande, Bruno diz que teve 3 fases na corretagem, desde ajudante a confeccionar contratos com seu tio, até colocar placas em dias de chuva, porém nesta última fase, ele decidiu ficar na profissão de corretor de imóveis e esta por 5 anos consecutivos no mercado, sem parar.
Bruno hoje tem 37 anos e confessa ter contribuído direta e indiretamente em processos de mais de 300 clientes e hoje assessora clientes e corretores de algumas regiões do Brasil.
Mas como surgiu o Corretor da Depressão? Bruno diz que iniciou como uma brincadeira, já que sempre foi brincalhão e sempre levou a vida com muito bom humor. “ Em 2018 estava passando novamente por problemas pessoais, financeiros e prestes a perder um sócio no quadro da empresa. Acredito que talvez estava dentro de uma crise de depressão ou a beira desta doença, pois não foi fácil, comecei a não me dar tão bem com a sociedade da empresa e então a página surgiu como uma válvula de escape, enquanto eu focava em retratar as situações que passamos diariamente na profissão para alegrar e divertir os corretores eu me alegrava e me divertia também e sempre com vontade de entregar mais”, explica.
Corretor da Depressão começou a crescer no instagram exponencialmente, até que surgiram os primeiros convites para participar de eventos como influenciador, divulgações de cursos, eventos, ferramentas para corretor, entre outros. “Hoje eu participo até de eventos palestrantes como tema o humor como estratégia de vendas no digital’, e faço vários eventos como mestre de cerimônias, sempre levando o bom humor e interagindo muito com os corretores e profissionais de mercado que participam”, comentou.
Bruno compartilha como foi seu início da corretagem: “Meu começo na corretagem foi um sufoco, levei 9 meses pra fechar a primeira venda, e esse tempo me serviu de aprendizagem, na época do sufoco que sai da sociedade , passei um pouco de aperto, pois sai da imobiliária, contrai dívidas , perdi equipe de corretores e renda que tinha pela imobiliária, fui seguir carreira solo, levei um tempo pra me reerguer, hoje monetizo o depressão, e sigo no ramo imobiliário, porém até hoje ainda tenho resquícios de dívidas da empresa .
Sobre ser corretor, Bruno diz que é um orgulho inexplicável, que acabou gerando um movimento mundial. “Tenho muito orgulho da minha profissão sim, inclusive criei um movimento para corretores e uma marca chamada de #orgulhodesercorretor, que é um maior sucesso. Hoje, vendemos canecas, camisetas e alguns souvenirs. É onde busco a valorização da classe entre nós mesmos e que a sociedade veja os profissionais de verdade, com registro no conselho e que fazem um trabalho sério, de uma maneira diferente”, diz. .
E finaliza: “Ser corretor pra mim é um desafio tremendo, mas é uma profissão que escolhi seguir adiante, passei por tanta coisa nos últimos anos, que olhando para trás consigo enxergar que a profissão me abriu muitas oportunidades, olha ‘onde noix chegou’, brinca.
Atualmente, ele palestra e apresenta eventos imobiliários por várias cidades no brasil. “ Isso serve de combustível pra mim, de ver como o mercado é grande, como podemos crescer dentro dele se pagar o preço, e me motiva a querer entregar mais e mais dentro do imobiliário”, finaliza o corretor, Bruno.
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