Por Viviane Freitas | 5 agosto, 2021 - 8:50
Cenas macabras de sangue em cima da cama, respingos na parede do quarto, objetos pessoais jogados dentro de uma lixeira: esse foi o cenário encontrado pelos policiais que prenderam, nesta quarta-feira (4), Pablo Santrin, de 34 anos, que acabou confessando na delegacia o feminicídio de Lais de Jesus Cruz. Ela estava desaparecida e o corpo foi encontrado em uma fossa do quintal da casa onde morava com o marido, em Sonora, a 361 quilômetros de Campo Grande.
Inicialmente, Pablo negou crime, mas diante das evidências acabou confessando na delegacia. A mãe de Laís procurou a polícia desconfiada do sumiço da filha, já que havia registros de boletins de ocorrência de violência doméstica contra o marido. Quando os policiais chegaram, encontraram sinais de sangue na cama do casal, como também respingos na parede.
O cenário macabro ainda iria revelar que objetos pessoais de Laís como batom, bijuterias e sandálias estavam jogados em uma lixeira. Sangue também foi encontrado em um pano e em cópias de currículo. O cheiro forte de água sanitária denunciava que a casa havia passado por um processo pesado de limpeza levantando mais suspeitas para Pablo.
Testemunhas contaram ter ouvido durante toda a noite, o homem limpando a residência, já que o barulho de água era constante. O buraco e o corpo foram encontrados, Pablo disse ter contratado uma pessoa para furar uma fossa. O contratado prestou depoimento e disse que não sabia de crime nenhum, que só furou a fossa.
O celular de Laís foi encontrado em uma caixa na lavanderia quebrado. Pablo usou o telefone da vítima para mandar mensagens na tentativa de despistar a polícia, “Tchau Sonora. Aqui não volto nunca mais. Vou ficar off das redes sociais por um tempo”, foi escrito. Fios de cabelo da vítima também foram encontrados em um par de luvas, que o autor disse ser usado por Laís.
Ele foi preso pelo crime após chamar os policiais reservadamente e confessar o feminicídio. Ele não informou por qual motivo matou a mulher.
Segundo a polícia, a vítima já tinha registrado boletim de ocorrência por violência doméstica. O caso é tratado até o momento como feminicídio e ocultação de cadáver.
27 novembro, 2024
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