Por João Paulo Ferreira | 7 novembro, 2024 - 10:01
Dois comerciantes de Campo Grande foram presos em flagrante na última quarta-feira (6) suspeitos de receptação de mercadorias furtadas, após investigação policial. Edson Barbosa de Araújo, de 62 anos, proprietário da conveniência Alemão, e Maximo Pana Aranda, de 59 anos, dono da Maxximo Chipas, foram detidos sob acusação de venderem fécula de mandioca desviada, originada de um golpe aplicado contra uma empresa de amidos de Ponta Porã, a BRC Starch. A mercadoria, avaliada em R$ 73.920,00 e totalizando 24 toneladas, foi desviada e revendida a preços abaixo do mercado em estabelecimentos de Campo Grande.
De acordo com a Polícia Civil, o crime começou em setembro, quando a empresa BRC Starch foi vítima de uma fraude envolvendo uma suposta venda para uma empresa que utilizou dados falsos de um supermercado. Os estelionatários usaram e-mails e sites fraudulentos, além de contratar um transportador para desviar a mercadoria. A fécula foi então encaminhada a estabelecimentos como o Alemão e Salvador Conveniências, ambos localizados na Avenida Calógeras, além da Maxximo Chipas, no bairro Guanandi. Durante as diligências, foram encontrados 371 sacos de 25 kg de fécula nos pontos comerciais investigados.
No momento da prisão, Edson Barbosa, dono do Alemão Conveniências, optou por permanecer em silêncio, enquanto Maximo Pana Aranda declarou que a compra havia sido realizada por seu filho, sem o conhecimento de que os produtos poderiam ser de origem ilícita. Os empresários e a mercadoria foram levados para a 3ª Delegacia de Polícia Civil, onde foram autuados por receptação qualificada.
Apesar das prisões, a conveniência Alemão continuou aberta nesta quinta-feira (7), e o local se comprometeu a emitir uma nota oficial sobre o caso. É importante ressaltar que esta não é a primeira vez que o estabelecimento se vê envolvido em problemas legais. Em 2021, a empresa foi alvo de uma ação da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo (Decon), quando produtos impróprios para consumo foram encontrados em seu depósito.
Além dos comércios de Campo Grande, a polícia investiga a possibilidade de que outras empresas, inclusive uma fecularia de Ivinhema que também foi alvo de golpe semelhante, tenham recebido mercadorias desviadas. A suspeita é de que os estelionatários tenham distribuído os produtos a diversos revendedores locais.
16 novembro, 2024
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