Por João Paulo Ferreira | 17 março, 2020 - 9:11
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) faz nesta terça-feira (17), a segunda fase da operação Omertá, que desmantelou suposto esquema de execuções em Mato Grosso do Sul.
O objetivo do Gaeco, com apoio da Polícia Militar, é cumprir 18 mandados de busca e apreensão em Campo Grande, Sidrolândia, Aquidauana, Rio Verde, Rio Negro e João Pessoa (PB).
Segundo o Gaeco, os alvos da operação são investigados por suspeita de envolvimento em plano para matar um delegado de Polícia Civil e um promotor de Justiça.
Em Campo Grande, um dos mandados é cumprido em um prédio residencial de classe média alta na área central. Lá mora uma sobrinha do empresário apontado como chefe do grupo que teria planejado matar as autoridades. Ele e outros suspeitos estão presos no presídio federal de Mossoró.
A primeira fase da operação Omertá foi deflagrada em setembro de 2019. A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul e o Gaeco prenderam empresários, policiais e, na época, guardas municipais, investigados por execuções no estado.
A suspeita é que o grupo tenham executado pelo menos três pessoas na capital sul-mato-grossense, desde junho de 2018. Outras mortes também estão sendo investigadas.
A última morte atribuída ao grupo é do estudante de Direito Matheus Coutinho Xavier, de 19 anos. Ele foi atingido por tiros de fuzil no dia 9 de abril, quando manobrava o carro do pai, na frente de casa, para pegar o dele e buscar o irmão mais novo na escola.
Pouco mais de um mês depois, no dia 19 de maio de 2019, policiais do Garras e do Batalhão de Choque da Polícia Militar (BpChoque) apreenderam um arsenal com um guarda municipal, em uma casa no Jardim Monte Libano. Foram apreendidos 18 fuzis de calibre 762 e 556, espingarda de calibre 12, carabina de calibre 22, além de 33 carregadores e quase 700 munições.
Segundo as investigações do Gaeco, esse arsenal pertencia ao grupo preso na operação Omertá. A força-tarefa investiga se as armas foram usadas em crimes de execução nos últimos meses.
Documentos sobre a investigação referente ao grupo, entregues à Justiça em 2019, mostram que havia um suposto plano para um atentado contra o delegado que conduziu as investigações da operação Omertá.
O Gaeco afirmou que recebeu informações de órgãos de inteligência relatando que os presos da Omertá, mesmo dentro do Centro de Triagem, em Campo Grande, estariam articulando várias ações criminosas em represália às suas prisões.
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