Gaeco investiga ‘laços’ entre policiais e chefes do jogo do bicho em Campo Grande

Foto: Geisy Garnes

O Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) lançou a “Operação Succesione” nesta terça-feira (5), mirando um grupo que busca retomar o controle dos jogos de azar na cidade. A ação aponta para policiais atuando como “seguranças particulares” de líderes de organizações ligadas ao jogo do bicho.

Esta operação surge após a “Operação Omertà”, que desmantelou uma milícia vinculada à contravenção e enfraqueceu o jogo do bicho na capital.

Mais de 10 prisões e 13 buscas foram feitas, inclusive na residência do deputado estadual Neno Razuk (PL-MS), que negou envolvimento com o esquema. O Gaeco esclareceu que a investigação expôs uma organização criminosa envolvida em roubos com uso de armas, disputando o controle do jogo do bicho na região.

Neno Razuk e assessores parlamentares estão entre os presos, incluindo o major reformado Gilberto Luiz dos Santos e o sargento reformado Manuel José Ribeiro, ambos da reserva da Polícia Militar.

A PM informou que, como os alvos estão na reserva, a investigação não está relacionada às suas atividades policiais. Os suspeitos aguardam decisão judicial no Presídio Militar Estadual.

A operação apura a disputa pelo jogo do bicho em Campo Grande e identificou aluguéis de veículos, inclusive em nome do deputado, relacionados a assaltos.

Entre os detidos está Gilberto, que já foi encontrado em uma propriedade onde 700 máquinas de apostas foram apreendidas. Suspeita-se que ele liderasse um grupo envolvido nas apostas do jogo do bicho na cidade.