Por João Paulo Ferreira | 2 janeiro, 2025 - 18:07
Um homem de 49 anos foi preso em flagrante na última quarta-feira (1º) por agredir e tentar estuprar a filha de 15 anos em um hotel localizado no Bairro Amambaí, em Campo Grande, durante a virada do ano, na noite de 31 de dezembro. A adolescente havia viajado de Porto Murtinho para passar o Ano Novo com o pai.
Funcionários do hotel acionaram a Polícia Militar após notarem manchas de sangue na roupa da vítima e suspeitarem de lesão corporal. Ao chegarem ao local, os policiais perceberam que a jovem estava sozinha com o pai e ingerindo bebida alcoólica. A Polícia Civil foi chamada e, durante escuta especializada, a adolescente revelou que o pai já havia abusado dela anteriormente.
Segundo o depoimento da vítima, o pai a convidou para um passeio na virada do ano e, após ingerir grande quantidade de álcool, decidiu se hospedar em um hotel. A jovem estranhou a decisão, já que poderiam dormir na casa de uma tia. No hotel, o homem pediu um quarto com cama de casal, ficou apenas de roupa de baixo e começou a acariciar as partes íntimas da filha. Quando a adolescente tentou se desvencilhar, ele a agrediu com um tapa no rosto, causando sangramento. Em seguida, quebrou o celular da vítima, impedindo-a de pedir socorro.
A perícia constatou manchas de sangue no interruptor de luz, no banheiro e no chão do quarto, além de garrafas de bebidas alcoólicas abertas. No veículo do suspeito, também foram encontradas garrafas de cerveja e vodca. A adolescente foi acolhida pelo Conselho Tutelar até a chegada da mãe, que mora em Porto Murtinho.
Apesar da gravidade dos fatos, o homem teve liberdade provisória concedida durante audiência de custódia nesta quinta-feira (2). A defesa alegou que o cliente negou as acusações, afirmando que a filha inventou a história por vingança, após ele quebrar o celular dela. O acusado justificou as manchas de sangue afirmando que a jovem tem sangramentos nasais frequentes. O caso segue sob investigação pela Polícia Civil, que apura a possibilidade de outros abusos anteriores e verifica se houve prática de cárcere privado. A adolescente permanece sob acompanhamento do Conselho Tutelar até a chegada da mãe, que mora em Porto Murtinho.
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