Por João Paulo Ferreira | 12 setembro, 2024 - 10:03
Weslei Galvani, de 38 anos, morreu em um confronto com policiais do Batalhão de Choque na tarde da última segunda-feira (9), na BR-262, saída para Sidrolândia, em Campo Grande (MS). Galvani estava cumprindo “saidinha” temporária da penitenciária Gameleira, onde cumpria pena por participação no latrocínio que vitimou o policial militar Valdir Antunes de Oliveira, em 2014. Durante a abordagem, Galvani tentou sacar uma arma e foi baleado pelos agentes.
O confronto ocorreu quando a equipe policial realizava rondas na região, após um aumento nos roubos a motocicletas. Os agentes avistaram uma dupla em uma moto, sendo que o garupa, Galvani, cobria o rosto e tentava esconder algo na cintura, o que levantou suspeitas. O piloto da motocicleta, um motorista de aplicativo, obedeceu às ordens da polícia e se deitou no chão. Galvani, no entanto, tentou fugir em direção à mata e sacar uma pistola 9 mm. Ignorando as ordens para largar a arma, ele foi alvejado.
Após ser socorrido, Galvani foi encaminhado ao Hospital Regional, onde sua morte foi confirmada. A perícia foi acionada ao local, e a polícia apreendeu a arma que ele portava, com um carregador contendo oito cartuchos.
Galvani era um dos três criminosos envolvidos no latrocínio que resultou na morte do soldado da Polícia Militar Valdir Antunes de Oliveira, em 2014. Na ocasião, os assaltantes invadiram uma loja de materiais de construção no Jardim Oliveira, em Campo Grande, pertencente à família do PM. Eles renderam a esposa de Valdir, uma funcionária e uma criança, trancando-os no banheiro. Quando Valdir chegou ao local, foi baleado pelos criminosos, que fugiram levando a arma do policial, R$ 200 e o celular de um cliente.
Em 2014, dois dos criminosos, Max Yuri Coelho Ramos de Faria e Bruno Aleff Bibiano Cristaldo, foram presos e identificados como coautores do crime. Galvani, por sua vez, passou a ser investigado posteriormente e cumpria pena na penitenciária Gameleira, de onde havia saído temporariamente quando foi morto no confronto com a polícia.
O caso de Weslei Galvani é o 55º registrado em 2024 envolvendo mortes em confronto com a polícia em Mato Grosso do Sul. A maioria das vítimas de intervenções policiais no estado são homens jovens entre 18 e 29 anos. No comparativo com o ano anterior, houve uma redução de 32,9% no número de mortes em confrontos nos primeiros oito meses deste ano.
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