Por João Paulo Ferreira | 10 janeiro, 2024 - 11:09
Em um episódio chocante ocorrido em Paranaíba, interior de Mato Grosso do Sul, uma idosa de 73 anos sobreviveu a um ataque brutal de machado. O principal suspeito do crime é o genro da vítima, que teria cometido suicídio logo após o ataque. A Polícia Civil foi ao local na terça-feira (9), esperando encontrar um caso de feminicídio, mas, para sua surpresa, descobriu que a vítima ainda estava viva, apesar de gravemente ferida.
A idosa foi encontrada no sítio onde ocorreu o ataque, após agonizar por cerca de 18 horas sob o sol. A vítima estava com um ferimento significativo na parte de trás da cabeça. A delegada Eva Maira Cogo da Silva relatou que a mulher moveu o braço quando os policiais se aproximaram, indicando que estava viva. Devido à gravidade de seus ferimentos e à distância do local até o hospital mais próximo, a equipe de resgate tomou uma decisão rápida e incomum: usar o veículo funerário que acompanhava a polícia para transportar a idosa ao hospital.
A decisão de usar o carro funerário foi uma medida de emergência, considerando a semelhança do veículo com uma ambulância e a urgência da situação. “Não havia tempo suficiente para chamar o Corpo de Bombeiros”, explicou a delegada. A propriedade ficava a 22 quilômetros da cidade, e a equipe improvisou um colchão na viatura para transportar a vítima. Chegando ao hospital, a mulher foi internada em estado gravíssimo, com uma lesão exposta na massa encefálica.
Após o resgate, a polícia iniciou uma investigação detalhada do crime. Foi descoberto que três pessoas presenciaram o ataque, mas não informaram as autoridades. Essa omissão de socorro está sendo investigada separadamente. A delegada indicou que a testemunha inicial, outra idosa, foi quem finalmente denunciou o crime, permitindo que a polícia chegasse ao local.
Este caso lança luz sobre a violência contra idosos e a importância de reportar crimes imediatamente. A sobrevivência da vítima, apesar das circunstâncias extremas, e a rápida resposta da polícia e dos socorristas foram cruciais para evitar um desfecho ainda mais trágico.
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