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Informação vaza e megatraficante do MS foge da PF em helicóptero

Motinha", como é conhecido, era para ter sido preso na sexta-feira (30), durante mega operação de combate ao tráfico de drogas

Por Viviane Freitas | 3 julho, 2023 - 8:08

Foto: Reprodução

A Polícia Federal e autoridades paraguaias fizeram uma operação na fronteira para prender o megatraficante de drogas Antônio Joaquim Mota, também conhecido como Motinha ou Dom, na última sexta-feira, 30.

O traficante estava em uma propriedade rural que se estende entre Ponta Porã, no Brasil, e Pedro Juan Caballero, no Paraguai, e teria fugido antes da ação, de helicóptero. A suspeita é de que a informação tenha vazado do lado paraguaio da operação.

Um dia antes da deflagração da operação, um helicóptero pousou no lado paraguaio da fazenda, e o traficante fugiu do local. Conforme divulgado pelo portal g1 a informação de que autoridades brasileiras suspeitam de que o vazamento sobre a operação tenha partido do lado paraguaio da operação.

Antônio Joaquim Mota é o atual líder do chamado “clã Mota”, uma família que começou na criminalidade nos anos 1970, conforme a mesma fonte. Ele é a terceira geração de uma organização criminosa e que já atuou no contrabando de café, de cigarros, de eletrônicos e que agora, se especializou no tráfico internacional de drogas, com grande influência no Paraguai e na região de fronteira com o Brasil.

Antônio Joaquim Mota, inclusive, se autodenominou Dom, segundo a Polícia Federal, em referência a Dom Corleone, o chefe da família criminosa mais poderosa na trilogia “O Poderoso Chefão”.

A operação

 

Na operação desta sexta-feira, que envolveu além da Polícia Federal e das autoridades paraguaias, o Ministério Público Federal brasileiro, foram expedidos pela Justiça Federal, 11 mandados de busca e apreensão e 12 mandados de prisão, em quatro estados: Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul.

Dos 12 mandados de prisão, 9 eram para brasileiros e seis foram cumpridos. Todos de integrantes da força paramilitar do grupo de Mota. Foram duas prisões em Minas Gerais, uma em São Paulo, uma no Rio Grande do Sul, e duas em Mato Grosso do Sul, uma em Ponta Porã e outra em Dourados. Entre os presos, um militar da reserva, em Belo Horizonte (MG) e um policial militar da ativa, em Mato Grosso do Sul.

Mota e outros cinco integrantes da força paramilitar, entre eles os três estrangeiros, conseguiram fugir. O megatraficante brasileiro está na lista de Difusão Vermelha da Interpol e agora os outros cinco também vão ser incluídos nesta relação dos mais procurados internacionalmente.

Além dos suspeitos presos, a PF apreendeu na operação que recebeu o nome de Magnus Dominus – “o todo poderoso” em latim, faz alusão ao líder do grupo criminoso, um verdadeiro arsenal, com cerca de 14 armas, entre elas 4 pistolas, 3 revólveres e 3 fuzis, além de 40 caixas de munição, seis granadas e colete balístico.

Leia a nota da Polícia Nacional Paraguaia na íntegra:

Na verdade, não houve nenhum incidente. Apoiamos a Polícia Federal nessa operação. O local que foi alvo da busca foi verificado previamente pelos investigadores da PF. Infelizmente, descobrimos que os proprietários não estavam lá há muito tempo e as informações fornecidas eram imprecisas ou desatualizadas, já que apenas a PF tinha acesso a essas informações. Portanto, se houve algum vazamento, foi por parte da PF.*

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