Por Viviane Freitas | 20 junho, 2023 - 9:09
Nos últimos cinco anos, mais de 10 mil motos foram furtadas em Mato Grosso do Sul. Pouco mais da metade é recuperada, cerca de 55,85%, conforme dados da Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública).O maior número de furto de motocicleta aconteceu em 2018 quando foram subtraídos 2.476 veículos.
Já em 2019, o número teve uma leve reduzida, caindo para 2.226. Já no ano seguinte, ano de pandemia 1.922 motos foram furtadas. Em 2021, foram 1.839, porém em 2022 os números voltaram a subir, sendo 2.332 motocicletas furtadas.
Conforme a polícia, os criminosos geralmente não agem sozinhos nesse crime. São organizações, associações criminosas que vão desde a pessoa que identifica o local, vê a motocicleta em uma situação de facilidade para o cometimento do crime e subtrai o veículo. A moto é levada para um local, entregue a um receptador que coloca o veículo à venda em sites e na maioria das vezes nas redes sociais.
“Geralmente são vendidas como BOB, que são aqueles veículos comercializados abaixo do valor de mercado. As pessoas pecam em não checar a procedência. Não basta consultar a placa. Os criminosos colocam a venda uma motocicleta que não tem registro de furto ou roubo. Muitas vezes vendem o veículo antes mesmo do proprietário se dar conta do furto”, explicou o delegado titular da Defurv (Delegacia Especializada de Furtos e Roubos de Veículos), Ricardo Meirelles.
O delegado ainda disse que os criminosos procuram mais pelos modelos populares, pois são os mais vendidos e com isso facilita para o receptador a introdução do veículo no mercado novamente para o consumidor.
O crime acontece principalmente nesse modus operandi de revender o produto e muitas vezes está associado ao tráfico e uso de drogas, pois um usuário pode realizar o furto, entregar o veículo em uma boca de fumo e de lá o veículo é vendido nas redes sociais.
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