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Major flagrado em casa de jogo do bicho é assessor de deputado em MS

Estava numa casa onde 700 máquinas ilegais foram apreendidas

Por Viviane Freitas | 18 outubro, 2023 - 8:49

Reprodução

A polícia apreendeu 700 máquinas portáteis usadas para apostas do jogo do bicho em uma residência no bairro Monte Castelo, em Campo Grande na última segunda-feira (16). Entre as pessoas presentes no local, estava o major reformado da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, Gilberto Luiz dos Santos, conhecido como “G.Santos”, que atualmente trabalha como assessor do deputado estadual Neno Razuk (PL) na Assembleia Legislativa.

Segundo investigações do Primeira Página, “G.Santos” seria uma figura-chave no grupo que busca dominar o jogo de azar na cidade após as operações da Omertá em 2019, que desmantelaram a milícia armada chefiada pela família Name.

De acordo com o portal da transparência da Alems, “G.Santos” é nomeado em uma função de assessoria intermediária, com um salário de R$ 1,3 mil. Como policial da reserva da Polícia Militar, ele recebe uma remuneração bruta de R$ 21 mil.

Além de “G.Santos”, outro policial presente no local foi Manoel José Ribeiro, conhecido como “Manelão.”

Ambos os militares reformados foram julgados juntos em 2009 por um crime de homicídio em Dourados, sendo inocentados. A acusação era de que “G.Santos” e “Manelão,” junto com outros dois policiais, haviam matado um suspeito de crime que fazia parte de um grupo de extermínio formado por policiais do GOF (Grupo de Operação de Fronteiras), precursor do atual DOF (Departamento de Operações de Fronteira). O incidente ocorreu em 1997, mas o julgamento aconteceu anos depois.

A reportagem tentou entrar em contato com os dois policiais, sem sucesso. O deputado estadual Neno Razuk afirmou que se manifestará após a defesa do servidor comissionado ter acesso ao conteúdo da investigação.

Razuk, cujo nome de batismo é Roberto Razuk Filho, tem base eleitoral em Dourados, com uma mãe que foi prefeita na cidade e um pai que foi deputado estadual. Seu pai, Roberto Razuk, foi condenado pela Justiça Federal a 20 anos de prisão em um esquema relacionado a empréstimos obtidos junto ao Banco do Brasil. Ele também foi alvo da operação Xeque-Mate, que combate a exploração de jogos de azar, nos anos 2000.

Apesar de a apreensão das máquinas ter sido realizada pelo Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros), ainda não foi determinado onde o inquérito será conduzido. Nove pessoas estavam no local, foram levadas para a delegacia, ouvidas e liberadas, sem nenhuma infração penal registrada. Todos afirmaram estar no local apenas para jogar baralho e alegaram desconhecer a origem das máquinas e do imóvel. Há a possibilidade de o caso ser transferido para outra unidade, como o Dracco (Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado), que já investiga casos relacionados ao jogo de azar, mas ainda não há confirmação oficial.

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