Por João Paulo Ferreira | 17 outubro, 2019 - 15:26
Um médico foi detido na última quarta-feira (16) em Naviraí, a 360 quilômetros de Campo Grande, depois de negar atendimento a uma grávida com pré-eclâmpsia em um hospital público da cidade. O profissional, que atua como anestesiologista, teria dito que só receberia a paciente se recebesse um salário maior.
De acordo com o boletim de ocorrência, no dia 12, o homem também teria apresentado comportamento semelhante ao se negar a atender, dizendo que só trabalharia se recebesse a quantia de R$ 1,8 mil a mais por dia. Na ocasião, os pacientes que precisavam de cirurgia só foram atendidos após o hospital serem transferidos para outra unidade.
Na última quarta-feira, uma mulher grávida com pré-eclâmpsia deu entrada no hospital e mais uma vez o anestesiologista não quis atender. O gerente de saúde do hospital procurou um promotor e, por telefone, ligou para o médico para mostrar ao promotor as inúmeras recusas do mesmo.
Ainda conforme o B.O., quando o médico atendeu ao telefone, o gerente pôs em viva-voz e durante a ligação, o anestesiologista indagou se o gerente tinha arranjado a melhora na proposta salarial. Com o gerente de saúde recusando o aumento, o médico voltou a recusar a atender os pacientes e supostamente voltou a pedir R$ 1,8 mil por dia.
Ao testemunhar o fato, o promotor acionou o delegado Eduardo Lucena da 1º DP de Naviraí e o médico foi preso no hospital. O irmão do anestesiologista, que é advogado, acompanhou todo o procedimento. A paciente grávida seria encaminhada para um hospital de Dourados.
O boletim de ocorrência foi registrado como concussão, que é o ato de exigir algo para si mesmo, de forma direta ou indireta, antes mesmo de assumi-la. Desta forma, vantagem indevida.
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