Por João Paulo Ferreira | 6 junho, 2024 - 15:46
O ex-vereador Wander Alves Meleiro, conhecido como, não foi morto pelas costas, conforme aponta o laudo complementar do exame necroscópico realizado pela perícia. A conclusão do novo exame indica que o disparo foi lateral e atingiu órgãos vitais.
O primeiro exame necroscópico, realizado logo após a morte de Dinho no dia 8 de maio, sugeria que o tiro teria sido disparado pelas costas. No entanto, a perícia complementar, solicitada pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul, revelou que os projéteis entraram pela lateral e pela frente do corpo da vítima.
Segundo o documento assinado pelo perito médico-legista Ian de Oliveira Chaves, o primeiro tiro entrou pela lateral direita, transfixou o tórax e saiu pela lateral esquerda, atingindo pulmão e coração, o que causou “choque hipovolêmico hemorrágico” e resultou em morte imediata. O segundo tiro entrou pelo abdômen esquerdo, atravessando o corpo sem atingir órgãos vitais.
O perito destacou que não é possível determinar a distância exata dos disparos nem a posição da vítima no momento do crime, mas afirmou que os tiros foram disparados a uma distância mínima de 80 centímetros, sem sinais de tiro à queima-roupa.
Uma testemunha chave no caso, um ciclista que passava pela BR-262, relatou à Corregedoria da Polícia Militar ter visto e ouvido os tiros que mataram Dinho. Ele descreveu ter parado para arrumar a corrente da bicicleta quando viu um carro preto e um carro branco parados na rodovia. Ouviu gritos de “Polícia, abaixa a arma! Larga a arma!” e, em seguida, tiros. Ele viu a vítima cambaleando e segurando o abdômen antes de cair.
A presença do ciclista no local foi confirmada por imagens de uma câmera de segurança de um posto de gasolina próximo, corroborando seu depoimento.
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