Operação investiga esquema de crimes financeiros envolvendo produtos eletrônicos em MS

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Nesta quarta-feira (16), equipes da Polícia Federal estão cumprindo 50 mandados de busca e apreensão em diferentes cidades: Várzea Grande, Sinop, Alta Floresta e Rondonópolis em Mato Grosso, Ribeirão Preto em São Paulo, e Ponta Porã no Mato Grosso do Sul. A operação, denominada “Sign Off”, investiga crimes de descaminho, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

Quatro mandados estão sendo cumpridos no bairro Vila Aurora II, em Rondonópolis, enquanto outros alvos estão localizados no Shopping Popular e no bairro Jardim das Américas, em Cuiabá.

O foco da operação é desmantelar um complexo esquema financeiro utilizado para o pagamento de produtos estrangeiros comercializados no mercado paralelo de eletrônicos. A investigação da Polícia Federal, em conjunto com a Receita Federal, revelou que o grupo movimentava grandes quantias de dinheiro por meio de contas de empresas fictícias em nome de terceiros.

O esquema tinha o propósito de ocultar a origem e a finalidade das remessas de dinheiro para o exterior, usadas para comprar eletrônicos. Durante um período de 18 meses, estima-se que mais de R$ 120 milhões tenham sido movimentados por esse esquema.

A operação mobiliza um total de 180 agentes da Polícia Federal e 74 auditores-fiscais e analistas tributários da Receita Federal. Além dos mandados de busca, a Justiça determinou a suspensão das atividades econômicas das empresas envolvidas, o sequestro de bens, o bloqueio de ativos em criptomoedas e contas bancárias.

Os mandados foram emitidos pela 5ª Vara Federal Criminal da SJMT (Seção Judiciária da Justiça Federal de Mato Grosso). Além dos suspeitos do esquema financeiro, os mandados de busca também foram direcionados a endereços relacionados a comerciantes e fornecedores identificados durante a investigação.

Os indivíduos envolvidos podem ser acusados de crimes como descaminho, organização criminosa, evasão de divisas e lavagem de dinheiro, cujas penas somadas podem ultrapassar 20 anos de prisão.