Por João Paulo Ferreira | 3 abril, 2024 - 16:51
Nesta quarta-feira (3), uma operação deflagrada pelo Ministério Público Estadual, denominada Operação Tromper, culminou na acusação do vereador de Campo Grande, Claudinho Serra (Cláudio Jordão de Almeida Serra Filho), como o líder de uma suposta organização criminosa atuante no município de Sidrolândia. A investigação, que está em sua terceira fase, resultou na solicitação de prisão para oito indivíduos, incluindo Serra, por envolvimento em um vasto esquema de corrupção, fraude em processos licitatórios e desvio de recursos públicos.
As evidências recolhidas pelo MPE indicam que Serra articulava as operações ilegais, associando-se a outros já denunciados, como Ueverton da Silva Macedo e Ricardo José Rocamora Alves. A investigação revelou a continuidade das atividades criminosas do grupo, que persiste há anos, manipulando licitações e contratos públicos, subornando funcionários municipais e prejudicando significativamente as finanças públicas.
Além de Serra, foram emitidos mandados de prisão contra Carmo Name Júnior, Ueverton da Silva Macedo, Ricardo José Rocamora Alves, Milton Matheus Paiva Matos, Ana Cláudia Alves Flores, Marcus Vinícius Rossentini de Andrade Costa e Thiago Rodrigues Alves. Autorizações para busca e apreensão foram emitidas para 28 locais, abrangendo os acusados e empresas supostamente envolvidas no esquema.
A denúncia do MPE destaca um “modus operandi” consistente nos processos licitatórios manipulados pelo grupo, ressaltando a emissão de notas fiscais falsas e o desvio de verbas públicas. Comunicações interceptadas e análise de documentos financeiros corroboraram as suspeitas de práticas ilegais, justificando as prisões preventivas autorizadas pela justiça.
O esquema envolveu fraudes que totalizam aproximadamente R$ 15 milhões em contratos no setor de engenharia e pavimentação asfáltica. A Operação Tromper contou com apoio das forças policiais estaduais e militares, evidenciando a complexidade da rede criminosa e o impacto de suas atividades ilícitas.
Este caso surge após a identificação, em uma fase anterior da Operação Tromper, de um esquema de corrupção ativo desde 2017, implicando empresas e indivíduos em uma variedade de crimes, incluindo fraude em licitação e peculato. A investigação atual reforça a extensão dos delitos cometidos pelo grupo, ressaltando a colaboração entre os acusados e servidores públicos para manipular processos licitatórios e desviar recursos municipais.
A conclusão das investigações sublinha não apenas a conexão entre os envolvidos mas também a utilização de documentos falsificados e práticas de lavagem de dinheiro, ampliando a compreensão dos mecanismos operacionais da organização criminosa e seu impacto na administração pública de Sidrolândia.
4 dezembro, 2024
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