Polícia faz “pente fino” para apreender celulares em presídio de MS

A segunda fase da Operação Mute, coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, foi iniciada nesta segunda-feira (11) em todo o Brasil. Em Mato Grosso do Sul, as vistorias estão sendo realizadas no presídio de segurança máxima Jair Ferreira de Carvalho, localizado em Campo Grande.

O objetivo principal da operação é recolher celulares que estejam em posse dos detentos. Esses aparelhos, obtidos de maneira ilícita, são utilizados para coordenar atividades criminosas dentro e fora das prisões, influenciando o crime organizado.

No estado, a operação é conduzida pela Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública), por meio da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário).

A operação é executada da seguinte forma:

1. Interrupção da comunicação por meio de tecnologia que embaralha o sinal.
2. Busca pelos aparelhos durante revistas nos pavilhões e celas.
3. Retirada dos aparelhos eventualmente encontrados.

As revistas são realizadas pelos policiais penais. Segundo a pasta, os telefones celulares são as principais ferramentas utilizadas pelo crime organizado para perpetuar delitos e contribuir para o aumento da violência nas ruas.

A primeira fase da Operação Mute ocorreu em Mato Grosso do Sul em outubro do ano passado, resultando na apreensão de 187 celulares distribuídos em sete presídios. A operação também envolveu a transferência de 16 internos e contou com a participação de 161 agentes.

No âmbito nacional, foram apreendidos 1.116 aparelhos, além de um revólver, armas brancas e entorpecentes. A operação abrangeu 68 penitenciárias em 26 estados, resultando na movimentação de 55.919 presos em todo o país.