Por João Paulo Ferreira | 6 setembro, 2024 - 10:58
Na noite da última segunda-feira (2), Gideão Sanabria Lima, de 36 anos, foi morto após trocar tiros com a Polícia Militar em uma operação para desmantelar um ponto de venda de drogas na região de Nova Campo Grande, em Campo Grande. Conhecido como o chefe da “Boca do Gideão”, Gideão acumulava passagens pela polícia por crimes que incluíam tráfico de drogas, receptação e estupro de vulnerável. Ele também era identificado como membro do Primeiro Comando da Capital (PCC).
A operação teve início após um monitoramento da Agência Local de Inteligência (ALI) da Polícia Militar, que havia identificado a movimentação de usuários de drogas no local. A área, uma construção precária feita de paletes em uma localidade conhecida como Rua do Trilho, não aparece no mapa oficial da cidade. A “Boca do Gideão” funcionava à luz do dia e era frequentada por diversos usuários.
Durante a abordagem, dois usuários foram flagrados comprando drogas no local e relataram ter adquirido os entorpecentes de uma mulher que atuava a mando de Gideão. A polícia então cercou o local com apoio da Força Tática. No momento da entrada dos agentes, Gideão teria reagido e disparado contra os policiais, que revidaram. Ele foi atingido e levado pelos próprios militares à UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Santa Mônica, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
No barraco utilizado como ponto de venda de drogas, os policiais encontraram 42 porções de cocaína e 19 porções de maconha, além de uma arma de fogo calibre .38 que teria sido usada por Gideão durante o confronto. O local também contava com dinheiro em espécie, proveniente da venda de entorpecentes.
Uma mulher foi presa no local após tentar fugir. Inicialmente, ela afirmou ser apenas vizinha de Gideão e que havia sido coagida a entregar as drogas, mas acabou detida em flagrante. Após o confronto, a Polícia Civil e a perícia técnica foram acionadas para dar andamento às investigações.
Gideão era um criminoso já conhecido no meio policial, com uma longa ficha de crimes que incluía estupro de vulnerável, receptação e tráfico de drogas. A ação encerra temporariamente a atividade da “Boca do Gideão”, mas a polícia segue com as investigações para desmantelar possíveis conexões do tráfico na região.
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