Por João Paulo Ferreira | 30 outubro, 2019 - 12:37
A Polícia Militar Ambiental de Porto Murtinho, que trabalham na operação Pré-piracema, estão fiscalizando o rio Paraguai na região de fronteira, onde pescadores paraguaios e brasileiros armam petrechos ilegais no rio, pela facilidade de fuga em território do país vizinho, caso sejam surpreendidos pela fiscalização. Nos últimos dias 26 e 27 de outubro, diversas embarcações de turismo pesqueiro e pequenas embarcações com turistas e pescadores sul-mato-grossenses tinham sido fiscalizadas e oito espinheis (cabos de aços e cordas com 30 anzóis grandes, estendidos pelo rio) com 30 anzóis cada um, que estavam armados no curso rio, tinham sido retirados.
A operação continuou e, entre os dias 28 e 30 foram fiscalizadas mais 47 embarcações, entre grandes lanchas pesqueiras e pequenas embarcações. Felizmente, todos pescadores abordados pescavam legalmente, porém, a equipe localizou e retirou do rio muitas armações ilegais na área de fronteira com o Paraguai. Foram apreendidos 50 espinheis e mais 165 anzóis de galho, um número impressionante. Vários peixes que estavam vivos nos petrechos ilegais foram soltos no rio.
Apesar disso, a grande quantidade de pessoas e embarcações fiscalizadas sem serem encontradas ilegalidades demonstra que os pescadores, em sua maioria, estão respeitando a legislação, especialmente, os que pescam em embarcações de turismo, devido a orientação que recebem dos empresários proprietários das embarcações.
De qualquer forma, fiscalizações preventivas dessa natureza são fundamentais para a prevenção à pesca predatória, em princípio, para que os pescadores continuem respeitando as normas, mas principalmente, para a retirada desses petrechos ilegais, tendo em vista o grande poder de captura e depredação dos cardumes, como esses retirados do rio pelos policiais. Além disso, há grande dificuldade de deter os autores, pois tais petrechos são armados em curto espaço de tempo e os pescadores não permanecem no rio durante a pesca, fazendo somente a retirada dos peixes, também em tempo bastante curto. Na área fiscalizada, a maioria das armadilhas é colocada por pescadores paraguaios.
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