Por João Paulo Ferreira | 17 outubro, 2023 - 16:22
Na manhã desta terça-feira (17), o policial militar Israel Giron Arguelho Carvalho, de 30 anos, foi encontrado morto com um tiro na cabeça em sua residência no Bairro Coronel Antonino, em Campo Grande. A natureza da morte ainda é incerta, com a Perícia Técnica investigando se o caso se trata de suicídio ou homicídio.
Israel chamou a atenção da mídia em agosto deste ano quando foi detido sob a acusação de estupro. De acordo com a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), ele teria abordado e ameaçado com sua arma de serviço uma frentista de 24 anos no Bairro Jardim Noroeste. Ela estava voltando do posto de combustíveis onde trabalhava. A vítima foi levada à força para dentro de um Fiat Mobi branco e supostamente estuprada em um local escuro.
O policial foi detido três dias após o suposto crime. Durante seu depoimento, Israel preferiu permanecer em silêncio. Foram apreendidos com ele a arma, a camiseta e o carro, todos reconhecidos pela vítima. Ele foi então encaminhado para o Presídio Militar, onde permaneceu até 11 de setembro.
No entanto, um reviravolta no caso veio à tona com um laudo do Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) de Campo Grande, divulgado em 13 de setembro de 2023. O documento concluiu que não houve “conjunção carnal” entre a vítima e Israel. A vítima apresentava “ruptura himenal antiga, sem vestígio de lesão traumática recente”, o que contradiz a alegação inicial de estupro mediante relação sexual. A Deam informou que, com base nas evidências, o caso foi encerrado e já encaminhado para o Judiciário.
No momento da morte de Israel, apenas uma criança de 10 anos estava presente na casa. Até agora, não há registros de câmeras de segurança ou testemunhas que possam contribuir para o esclarecimento do caso. A Polícia Civil, em colaboração com a Perícia e o BOPE (Batalhão de Operações Policiais Especiais), está investigando.
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