Por Redação | 30 maio, 2022 - 15:59
Após ser presa por suspeita de intoxicar o enteado, Bruno Cabral, 16, com chumbinho, no Rio de Janeiro, a madrasta do rapaz, Cintia Mariano Dias Cabral, chegou a citar o filho biológico como responsável pelo envenenamento dele e também da irmã, Fernanda, 22, que faleceu em março, segundo a Polícia Civil. Ela ficou 13 dias internada com os mesmos sintomas apresentados por Bruno.
Logo no começo das investigações, Lucas Mariano Rodrigues contou à polícia que a mãe havia confessado o crime, que ocorreu em Padre Miguel, na zona oeste do Rio. De acordo com a polícia, a informação foi importante para solicitar o pedido de prisão temporária de Cintia. Ele também teria revelado que a mãe chegou a dar querosene para outro enteado, em 2002 — à época, a criança tinha 6 anos de idade.
Ontem (29), em carta aberta publicada nas redes sociais, Lucas falou pela primeira vez sobre o caso. Ele disse que foi pego de surpresa com a informação que recebeu ainda no começo das investigações de que a mãe chegou a citá-lo como responsável pelo envenenamento.
“Sim, eu entreguei minha mãe. Sim, ela me confessou. Contei tudo na delegacia. Botei a cara, me expus, e fiz o que tinha que ser feito. Mas em nenhum momento, até então, eu soltei a mão dela. Eu tava lá (…) Ela, no desespero, estava tentando incriminar um filho, que estava o tempo todo ali.” Texto publicado por Lucas Mariano Rodrigues
Lucas disse ainda sentir “nojo”, “vergonha”, mas ao mesmo tempo a sensação de dever cumprido. No texto publicado, ele contou que convive, hoje, com traumas. “Hoje, mais uma vez, eu estou em estado de choque”, escreveu.
O rapaz ainda afirma que espera que sua mãe “pague por tudo que fez” e que “a justiça seja feita”. “Ela me fez carregar o caixão de uma menina, uma irmã, que ela matou. Eu vou carregar isto para o resto da minha vida.”
23 novembro, 2024
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